DENÚNCIA PGR

Próximo núcleo da suposta trama golpista a ser julgado pelo STF é o de militares 2i6w6u

Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal já tornou réus 21 acusados de participar de suposto plano de tentativa de golpe de Estado em 2022 6e1t3d

Por O Tempo Brasília
Publicado em 06 de maio de 2025 | 17:31
 
 
Primeira Turma já julgou três núcleos da suposta trama golpista e decidiu acolher a denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 20 acusados Foto: Gustavo Moreno/STF

BRASÍLIA - Após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réus os acusados do núcleo 4 (desinformação) pela suposta tentativa de golpe de Estado, os ministros julgam, nos dias 20 e 21 de maio, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra militares acusados de participar de suposto plano de golpe de Estado que envolveria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. 

Inicialmente, o julgamento do chamado núcleo 3 estava previsto para os dias 8 e 9 de abril, mas a data foi reagendada pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma. Ainda integram o colegiado, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Segundo a Polícia Federal, esse grupo era responsável por “ações táticas e coercitivas” e foi formado por agentes e policiais que se alinharam à suposta trama golpista, que envolveria monitoramento, sequestro e até assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a investigação, faziam parte desse grupo:

  • Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
  • Estevam Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército, era adido em Israel;
  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
  • Marcio Nunes Resende Júnior, coronel do Exército;
  • Nilson Diniz Rodriguez, general do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, major, integrante dos 'kids pretos', grupo das Forças Especiais do Exército;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército;
  • Sérgio Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;
  • Wladimir Matos Soares, policial federal.

Se maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados viram réus e am a responder a uma ação penal no STF.

Núcleos foram divididos de acordo com participação na trama golpista g6n5b

Os acusados foram divididos em cinco núcleos, conforme seu envolvimento na suposta trama golpista. Já foram julgadas as denúncias contra o núcleo 1 (principal), o 2 (elaboração) e o 4 (desinformação).

No final de março, por unanimidade, a Primeira Turma decidiu abrir ação penal contra os oito integrantes do núcleo principal, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); Walter Braga Netto, ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro em 2022; Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, e o agora deputado federal Alexandre Ramagem, chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no governo ado.

O núcleo 2 foi julgado nos dias 29 e 30 de abril. Os ministros da Primeira Turma aceitaram a denúncia da PGR contra todos os seis denunciados, acusados de organizar ações para “sustentar a permanência ilegítima” de Bolsonaro no poder, em 2022.

O colegiado também decidiu, nesta terça-feira, por unanimidade, tornar réus os integrantes do núcleo 4. De acordo com a PGR, os acusados desse grupo organizaram ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e ataques virtuais a instituições e autoridades.

Com base na denúncia da PGR, os réus vão responder pelos seguintes crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. 

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, único integrante no núcleo 5, mora nos Estados Unidos e ainda não foi intimado pela Justiça. Ele foi denunciado pela PGR, no dia 18 de fevereiro, acusado de integrar o núcleo de "desinformação" do plano de golpe, que seria responsável por propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizar ataques virtuais a instituições e autoridades. O julgamento da denúncia ainda não foi agendado.