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Ministro descarta alteração em regra sobre data de validade dos alimentos
Ministros vão apresentar nesta sexta-feira (24) ao presidente Lula sugestões de medidas para combater a inflação dos alimentos
BRASÍLIA - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, negou que o governo Lula esteja avaliando a hipótese de alterar a regra sobre a data de validade dos alimentos. Nesta quinta-feira (23), uma reunião entre ele e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Carlos Fávaro (Agricultura) discutiu medidas para reduzir o preço dos alimentos.
As ideias propostas vão ser apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma nova reunião prevista para esta sexta-feira (24). Considerada um dos vilões da inflação e da popularidade do presidente Lula, a inflação dos alimentos é uma prioridade do Planalto para 2025.
Entre as possíveis medidas, não deve constar, porém, uma flexibilização na regra sobre a data de validade dos produtos. A proposta foi uma sugestão da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em uma reunião com representantes do governo no fim do ano ado, e chegou a ser analisada pelos ministérios.
Caso fosse implementada, os estabelecimentos poderiam, por exemplo, comercializar alguns alimentos após a validade, por preços mais íveis. A possibilidade se tornou munição para a oposição, que teceu críticas e ironizou o governo nas redes sociais.
Além disso, o ministro Rui Costa gerou ruído com a declaração de que o governo iria buscar “intervenções” para baratear os alimentos. O uso da palavra “intervenções” gerou um receio no mercado de eventuais medidas do Poder Executivo para baixar os preços dos alimentos de forma artificial - o que poderia provocar consequências negativas na economia a médio prazo.
Nesta quinta-feira, Paulo Teixeira afirmou que a proposta está fora de cogitação. "Isso aí já foi corrigido. Foi um equívoco de comunicação. Isso está fora”. Antes, na quarta-feira (22), Rui Costa veio a público negar que o governo planeja intervir diretamente nos preços e alegou que estuda “ações” que resultem no barateamento dos alimentos. Também foi rechaçada pelo chefe da Casa Civil a ideia relacionada à data de validade.
Em reunião ministerial na segunda-feira (20), o presidente Lula cobrou de seus ministros a redução no preço dos alimentos que, de acordo com ele, “estão caros na mesa do trabalhador”. O petista afirmou que é preciso ter preços compatíveis com o que a população ganha.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 10 de janeiro revelaram que os alimentos no domicílio, que são itens utilizados de forma rotineira em casa, tiveram inflação de 8,23% ao longo de todo o ano de 2024.
Os destaques que impactaram esse aumento foram as carnes (20,84%), o café moído (39,60%), o leite (18,83%) e as frutas (12,12%). O índice é medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).