INFLAÇÃO

Ministros se reúnem para discutir medidas de redução do preço dos alimentos

Agenda acontece após ministro da Casa Civil gerar ruído por falar em ‘intervenções’ nos preços

Por Levy Guimarães
Atualizado em 23 de janeiro de 2025 | 13:14

BRASÍLIA - O governo Luiz Inácio Lula da Silva começa a discutir nesta quinta-feira (23) possíveis medidas que busquem reduzir o preço dos alimentos no país. Considerado um dos vilões da inflação e da popularidade do presidente Lula, o tema é tido como prioritário para os governistas em 2025.

Estiveram reunidos no Palácio do Planalto os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. Ainda não devem ser anunciadas medidas nesta quinta-feira.

O encontro acontece um dia após Rui Costa ter gerado ruído com a declaração de que o governo vai “buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos”. O uso da palavra “intervenções” gerou um receio no mercado de eventuais medidas do Poder Executivo para baixar os preços dos alimentos de forma artificial - o que poderia provocar consequências negativas na economia a médio prazo.

Horas depois, a Casa Civil negou que o governo planeja intervir diretamente nos preços e alegou que o governo estuda “ações” que resultem no barateamento dos alimentos.

Em reunião ministerial na segunda-feira (20), o presidente Lula cobrou de seus ministros a redução no preço dos alimentos que, de acordo com ele, “estão caros na mesa do trabalhador”. O petista afirmou que é preciso ter preços compatíveis com o que a população ganha.   

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 10 de janeiro revelaram que os alimentos no domicílio, que são itens utilizados de forma rotineira em casa, tiveram inflação de 8,23% ao longo de todo o ano de 2024.  

Os destaques que impactaram esse aumento foram as carnes (20,84%), o café moído (39,60%), o leite (18,83%) e as frutas (12,12%). O índice é medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).