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Star Wars: A Vingança dos Sith retorna aos cinemas em celebração de 20 anos
Relançamento do Episódio III traz de volta à telona o filme que reconfigurou a trilogia prequel e marcou uma geração de fãs.
Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith está de volta ao cinema. Escrita, produzida e dirigida por George Lucas, a conclusão da trilogia prequel retorna à telona para comemorar os 20 anos de seu lançamento.
Após anos sendo tratados como a ruína da franquia, os episódios I, II e III agora se beneficiam de um grande ativo que seus antecessores tiveram: uma fanbase que conheceu Star Wars por meio desses filmes e cresceu tendo enorme carinho por eles.
O relançamento de A Vingança dos Sith chega em um momento de forte nostalgia — marca registrada da geração millenial — e desperta a chance de reviver uma das experiências que definiu para sempre essa leva de fãs.
Inclusive este que vos fala.
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Um desafio épico para George Lucas
O Episódio III é curioso em sua construção, pois carregava o peso de inúmeros problemas:
- A Ameaça Fantasma havia sido detonada pela crítica, desviando muito do que foi a trilogia original ao apostar em tramas políticas e personagens caricatos rejeitados pelo público.
- Ataque dos Clones piorou a situação, com uma exploração desastrosa de Anakin Skywalker (Hayden Christensen) e um segundo ato que estagnava ao tentar forçar um romance pouco convincente.
- A credibilidade de George Lucas como diretor estava em baixa, assim como seus roteiros, criticados por diálogos expositivos e prejudiciais às atuações.
A conclusão precisava reconquistar os fãs e responder às grandes perguntas da saga: como a República virou o Império Galáctico? O que aconteceu com a Ordem Jedi? Qual a origem de Luke e Leia? E, talvez a mais aguardada: como Anakin Skywalker se corrompeu e virou Darth Vader?
A construção de A Vingança dos Sith
É visível o esforço de Lucas em corrigir o curso. A Vingança dos Sith reduz o espaço para personagens caricatos, romances mornos e debates sobre economia galáctica. Em vez disso, adota um tom mais sério e dramático, com cenas de ação bem construídas e um foco maior no conflito interno dos personagens.
Em apenas 140 minutos, o filme constrói seus três atos de maneira a recuperar o tempo perdido.
A introdução corrige a imagem do Anakin rebelde e mimado. A sequência inicial já o coloca à prova como piloto, cavaleiro Jedi e general de guerra. Skywalker agora é um estrategista que segue o código, respeita Obi-Wan (Ewan McGregor) e protege seus aliados.
Sem perder tempo, o longa já mergulha na desconstrução do herói. Premonições aterradoras sobre a morte de sua amada e a desconfiança em relação à Ordem Jedi abalam sua mente.
Palpatine (Ian McDiarmid) torna-se o catalisador da queda de Anakin. Com manipulação sutil, o chanceler planta dúvidas sobre a lealdade dos Jedi e seduz o jovem com promessas de poder e segurança. No momento decisivo, Skywalker escolhe o lado sombrio e se entrega ao seu novo mestre, Darth Sidious.
O golpe fatal da Ordem 66
O segundo ato é selado por uma das cenas mais dolorosas da franquia: a execução da Ordem 66. Vemos Jedi sendo traídos e assassinados por seus próprios soldados, em um dos momentos mais trágicos de Star Wars.
A terceira parte do filme não deixa espaço para respiro. Nela, acontecem:
- a proclamação do Império Galáctico, matando a liberdade com um estrondoso aplauso,
- a queda de Yoda (Frank Oz) diante de Palpatine;
- o duelo carregado de emoção entre Obi-Wan e Darth Vader, que deixa o segundo à beira da morte;
- a reconstrução de Darth Vader como o icônico ciborgue sombrio, enclausurado em sua armadura para sobreviver;
- o nascimento de Luke e Leia;
- e o funeral de Pé Amidala, em um adeus que sela a tragédia.
Cada peça é posicionada para abrir caminho a Uma Nova Esperança (Star Wars: Episódio IV, de 1977).
As falhas que ainda persistem
Vendo hoje, é impossível ignorar que tudo acontece de forma muito acelerada. Embora o filme ofereça respostas claras, mal temos tempo para absorver a gravidade de cada evento. A queda de Anakin, especialmente, carece de coerência em suas atitudes: logo após se questionar por ter traído a Ordem, o novo acólito de Sidious assassina crianças no templo Jedi.
A direção de George Lucas também permanece limitada. Planos fechados dominam as cenas de ação, tentando esconder a falta de fluidez dos combates. Além de que em vários momentos, os personagens parecem esperar a aproximação da câmera para iniciar seus diálogos.
Apesar de avanços, os diálogos ainda soam mecânicos. Mesmo com cenas brilhantes — como a da ópera, em que Palpatine narra a tragédia de Darth Plagueis —, as interações românticas seguem pouco convincentes. E as intenções do vilão, que deveriam ser sutis, são entregues quase de bandeja.
O que realmente melhora é a relação entre Anakin e Obi-Wan. A química entre Hayden Christensen e Ewan McGregor dá mais peso ao duelo final, um dos momentos mais icônicos de toda a saga.
A excelência técnica
Nos aspectos técnicos, A Vingança dos Sith continua impressionante.
John Williams brilha mais uma vez na trilha sonora, com o uso marcante de corais na épica "Battle of Heroes". A edição é eficiente, criando paralelismos visuais e mantendo o ritmo tanto na guerra quanto nos momentos de tragédia. Já os efeitos visuais e sonoros se mantêm em alta, mesmo diante da evolução tecnológica de duas décadas.
Um encerramento digno
Apesar de falhas que ainda saltam aos olhos, o Episódio III representa uma evolução clara na trilogia prequel.
George Lucas encerrou sua trilogia com o melhor dos três filmes, entregando uma peça que conecta as duas eras da franquia de forma convincente. Com cenas que ficaram para sempre na memória dos fãs, A Vingança dos Sith garantiu seu lugar como um capítulo essencial na saga.
O filme está disponível no catálogo da Disney+, mas para quem quer viver essa tragédia épica como ela merece, o relançamento nos cinemas da rede Cinemark é imperdível. Corre lá, porque é por tempo limitado!
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