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Sing Sing: Filme emocionante indicado ao Oscar sobre o poder da arte atrás das grades

Filme sensível mostra que até na prisão há espaço para empatia, transformação e teatro

Por Hora da Castanha
Publicado em 19 de maio de 2025 | 12:15

Dirigido por Greg Kwedar, Sing Sing acompanha a história do grupo de teatro da prisão de segurança máxima de mesmo nome, localizada em Nova York. O longa é inspirado tanto no livro Sing Sing Follies (A Maximum-Security Comedy): And Other True Stories, de John H. Richardson, quanto em um programa real chamado Rehabilitation Through the Arts — ou “Reabilitação através da arte”, em tradução livre.

Como o nome sugere, o projeto usa atividades artísticas como ferramenta de reconstrução pessoal, oferecendo aos detentos a chance de se expressarem, se reconectarem consigo mesmos e com os outros — mesmo dentro de um sistema tão rígido.

 

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Na trama, acompanhamos o início de uma nova temporada de espetáculos. o a o, o filme mostra a rotina da produção: a abertura de vagas na equipe, a escolha da próxima peça, as audições, os ensaios, as negociações com a istração da penitenciária e, por fim, a apresentação final.

Tudo isso ganha um tom leve e divertido quando os presos — cansados das tragédias shakespearianas de sempre — resolvem criar uma nova narrativa, misturando ficção científica, fantasia e comédia. É a tentativa de trazer um pouco de leveza para dentro do ambiente pesado em que vivem.

No centro de tudo está Divine G (Colman Domingo), um prisioneiro que tenta provar sua inocência ao mesmo tempo em que lidera o grupo dentro e fora do palco. Erudito e respeitado, ele vê sua posição ser colocada à prova quando precisa lidar com os desafios e as liberdades criativas dessa nova proposta mais caótica, livre e fora do seu repertório habitual.


Um filme bonito sobre o que normalmente não é

O longa surpreende por fugir do estereótipo do "presidiário violento". Em vez disso, mostra homens vulneráveis, sensíveis, formando uma família movida não por instinto de sobrevivência, mas pela busca por paz interna e significado. 

Um dos grandes méritos da produção é trazer para o centro da narrativa uma peça que realmente existiu — Breakin' the Mummy's Code, escrita por Brent Buell (vivido aqui por Paul Raci). Quase todo elenco é formado, inclusive, por ex-integrantes do programa teatral da prisão, o que confere uma autenticidade emocional à história e um realismo que atravessa a tela.

Clichês bem executados ainda funcionam

Mesmo com elementos já conhecidos de outras histórias (o protagonista marcado pelo ado, a equipe de desajustados encontrando seu espaço, o novato que parece não se encaixar) Sing Sing entrega um roteiro sólido, atuações inspiradas e direção de arte marcante. Tudo isso contribui para uma narrativa emocionante sobre redenção e pertencimento.

Reconhecimento na temporada de premiações

Sing Sing recebeu três indicações ao Oscar: Melhor Ator (Colman Domingo), Roteiro Adaptado e Canção Original, além de ter sido destaque em outras premiações importantes como o BAFTA, Globo de Ouro, SAG Awards e Critics Choice.

É um filme sobre liberdade emocional em um lugar onde a liberdade física não existe — e isso, por si só, já o torna especial. Uma boa pedida para quem deseja se emocionar com uma história humana e comovente.

O longa acaba de entrar para o catálogo da Prime Video.

 

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