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Daniel Seabra

Jornalista e comentarista da rádio Super 91,7 FM

OPINIÃO

Afinal, no futebol, o árbitro é protagonista, coadjuvante ou nada disso?

Muitos árbitros querem assumir um papel que não os cabe

Por Daniel Seabra
Publicado em 18 de junho de 2024 | 14:44

A expulsão do atacante Hulk, do Atlético, pelo árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, na derrota atleticana para o Palmeiras, por 4 a 0, na Arena MRV, na última segunda-feira (18), é mais uma das amostras do que virou a arbitragem brasileira.

Vamos começar pelo início, como dizem por aí. Hulk é chato em campo. É um dos jogadores que mais reclamam de tudo dentro das quatro linhas. Aliás, deveria, sim, ter mais consciência do papel que ocupa no elenco atleticano.

E nem me refiro a ser ou não capitão, mas assumir o papel de um dos líderes, uma referência, que ele realmente tem.

Fala muito, gesticula, reclama. Muitas vezes, sem nenhuma razão. Assim como fazem outros jogadores do futebol brasileiro, como Gabigol, Dudu e outros. É da característica de cada um.

É possível mudar? Sim, e até deveria ser o objetivo de Hulk, já que, claramente, ele já está entrando em campo marcado pelos árbitros.

Mas vamos voltar ao jogo em questão. Por que o árbitro teria aplicado o primeiro cartão amarelo? Por causa de um palavrão? Aí não demora teremos jogos terminando com oito jogadores para cada lado.

Se a CBF tivesse colaborado e escalado um árbitro mais experiente, certamente o jogo não teria sido prejudicado. Naquela situação, bastaria ao Rodrigo José ter aplicado o amarelo, se é que ele deveria ter sido aplicado, e ter virado de costas. Ou chamado o Hulk e ter dito: "Já deu, vamos jogar bola e parar de falar". Ou algo do tipo.

Mas enfim, isso tem acontecido em vários jogos do Brasileiro, com todas as equipes. Os árbitros não parecem se contentar com o fato de serem participantes do evento. Eles querem ser protagonistas.

Repito, ou (e muito!) da hora do Hulk rever seus conceitos, mudar de atitude, tomar consciência do "tamanho" que ele ocupa no elenco atleticano. E ou da hora também de os árbitros entenderem o seu lugar no espetáculo. Lugar, este, que é importante, mas não o principal. Quanto mais ileso o árbitro ar, melhor.

Por falar em ar ileso, o Atlético poderia ter ado sem a postagem nas redes do clube, que veio na sequência da partida. Dublador com leitura labial? Evocar José Roberto Wright depois de mais de 40 anos? No mínimo, lamentável...