BDMG: reconhecimento internacional por atuação em agricultura regenerativa
Programa de incentivo ao agronegócio vence Prêmio Alide 2025
Gabriel Viégas Neto é presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais
O agronegócio é uma atividade econômica de extrema relevância na América Latina e no Caribe, no Brasil e em Minas Gerais. Naturalmente, é uma das prioridades de atuação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). E é por isso que a notícia de que o BDMG acaba de vencer o Prêmio Alide 2025, da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento, na categoria Produtos Financeiros, justamente com um projeto nessa área, é motivo de orgulho e entusiasmo. Não só para o Banco, mas para Minas Gerais.
O LabAgroMinas, reconhecido agora internacionalmente, é uma iniciativa pioneira do BDMG. Um projeto que está em curso desde 2022 e tem como objetivo incentivar a adoção, pelos produtores rurais, de novas tecnologias que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, promovam a regeneração do solo e garantam alto desempenho e competitividade das culturas.
Por meio do programa, o Banco oferta não apenas financiamentos para a transição da agricultura convencional para a regenerativa, mas a capacitação de produtores, agrônomos e toda a rede de assistência técnica pública e privada atuante no Estado.
Sustentabilidade e inclusão financeira
Durante a premiação, nesta semana, na República Dominicana, o LabAgroMinas foi destacado por contribuir para a sustentabilidade, a inclusão financeira e o desenvolvimento da agricultura regional. Um reconhecimento valoroso, considerando que a Alide reúne cerca de 20 instituições que são referência em boas práticas.
Os números reforçam um cenário pujante. No primeiro trimestre de 2025, a agricultura liderou o ranking de exportações de Minas Gerais, com 45% do volume total, superando, inclusive, atividades tradicionais, como a mineração.
O BDMG contribui para esse bom desempenho, sendo indutor e catalisador da inovação e do desenvolvimento no campo. Em 2024, quase 50% do total de R$ 3,5 bilhões liberados em crédito foi para financiar projetos do agronegócio. Ou seja, quase R$ 1,5 bilhão.
Ciente de que as cooperativas são instituições com forte ligação com os produtores rurais em um Estado com 853 municípios, em 2021 o BDMG ou a atuar também por meio de agentes financeiros com ree de crédito, chegando ao pequeno produtor rural, apoiado na parceria fundamental com as cooperativas de crédito.
É também a partir delas, as cooperativas, que o trabalho do BDMG ganha capilaridade e os financiamentos chegam de forma mais efetiva aos produtores que mais necessitam de um crédito ível do ponto de vista do custo e das condições de pagamento.
Alternativa economicamente viável
Nesse contexto, os parceiros dos sistemas Sicoob, Sicredi e Cresol têm ofertado as linhas de crédito do LabAgroMinas que financiam projetos de estruturação da fertilidade do solo, além da implantação de biofábricas, sistemas biodigestores e sistemas de compostagem.
O BDMG não só acredita que é possível transformar a agricultura regenerativa em uma alternativa economicamente viável, mas trabalha para que isso seja uma realidade cada vez mais comum no Estado. Só no ano ado, em parceria com a Embrapa Cerrados, a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária e suas vinculadas, foram capacitados mais de mil produtores e profissionais de assistência técnica interessados nesse processo.
E é importante ressaltar que essa não é uma iniciativa isolada dentro do BDMG, que tem se consolidado como referência no estímulo e na promoção da chamada “economia verde”.
Atuar na agricultura, assim como nos demais setores produtivos do Estado, é uma diretriz seguida pelo BDMG a partir da orientação e do alinhamento ao governo do Estado, que acredita e promove um desenvolvimento social e econômico pautado na sustentabilidade.