ATO BOLSONARISTA

Zema confirma presença em ato de Bolsonaro na avenida Paulista

Manifestação deste domingo terá pelo menos outros três governadores, que poderão fazer discursos

Por Levy Guimarães
Publicado em 24 de fevereiro de 2024 | 11:47

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou presença no ato liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo. A informação foi confirmada por O TEMPO em Brasília.

A manifestação foi convocada por Bolsonaro após operações de busca e apreensão da Polícia Federal que miraram o ex-presidente e aliados que fizeram parte de sua gestão, no dia 8 de fevereiro, pelo inquérito que investiga um suposto plano golpista para mantê-lo no poder após as eleições de 2022.

Também confirmaram presença no evento os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Goiás, Ronaldo Caiado (União); e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), além do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB) e dezenas de deputados e senadores. Todos os governadores terão direito a discurso.

Há uma orientação, emitida pelo próprio ex-presidente, para que sejam evitados ataques e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), tema comum no bolsonarismo. O objetivo é evitar que eventuais faixas ou palavras de ordem nesse sentido possam agravar a situação jurídica de Bolsonaro.

A expectativa dos organizadores é que dezenas de caravanas de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal cheguem a São Paulo para participar da manifestação.

Além da defesa do ex-chefe do Executivo e de pautas ligadas ao bolsonarismo, deve servir de combustível para o ato deste domingo a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que comparou os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, o massacre promovido pela Alemanha Nazista contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.

Bolsonaro é defensor da política de Israel e costuma usar a bandeira do país com frequência. O ex-presidente também era próximo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que classificou a fala de Lula como "vergonhosas e graves".