-
‘Não somos bandidos’, diz Mourão a Moraes sobre se esconderia de Bolsonaro encontro com ministro
-
Pensão à filha de jovem morta em abordagem da PM leva AGE à ALMG
-
Deputado chama Lula de ‘ladrão’ e leva bronca de Lewandowski: ‘um líder respeitado mundialmente’
-
Moraes mantém prisão de Braga Netto e 'perigo gerado pelo estado de liberdade do custodiado'
-
Cid revela medo, lealdade a Bolsonaro e intenção de fugir em áudios: ‘Se Lula vencer, serei preso’
Collor pode ser levado para cumprir pena na Papuda após ser preso em Maceió
Fernando Collor, que foi eleito presidente em 1989 sob a bandeira de guardião da moral, está preso por corrupção
BRASÍLIA – O Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, pode ser o destino do ex-presidente Fernando Collor de Mello, preso na madrugada desta sexta-feira (25) no aeroporto de Maceió, capital de Alagoas. Seu destino deve ser em audiência de custódia marcada para 11h30, por meio de videoconferência.
Collor tentava embarcar para Brasília e foi abordado por policiais federais, que cumpriram ordem expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após negar recurso da defesa para rever uma condenação, de 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção iva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente foi levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Maceió. À equipe de O TEMPO em Brasília, a corporação informou que aguarda uma orientação do STF para saber se deverá transferir o ex-presidente para Brasília ou se o manterá na capital alagoana.
A pedido de Alexandre de Moraes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, marcou uma sessão em plenário virtual para esta sexta, para referendar ou não a decisão que levou à detenção de Collor.
Os 11 ministros têm até às 23h59 para apresentar seu voto. A análise pode ser adiada por algum pedido de vista – mais tempo para se informar sobre o caso.
Defesa fala em “surpresa e preocupação”
Advogados de Collor disseram que ele viajaria para a capital federal para “o cumprimento espontâneo do mandado de prisão”, ainda de acordo com sua defesa. A defesa do ex-presidente afirmou ainda que recebeu a ordem de prisão com “surpresa e preocupação”.
“Ressalta a defesa que não houve qualquer decisão sobre a demonstrada prescrição ocorrida após trânsito em julgado para a Procuradoria Geral da República. Quanto ao caráter protelatório do recurso, a defesa demonstrou que a maioria dos membros da Corte reconhece seu manifesto cabimento. Tais assuntos caberiam ao Plenário decidir”, disse a defesa em nota.
Collor foi condenado pelo recebimento de R$ 20 milhões em propinas da UTC Engenharia em troca do direcionamento de contratos de BR Distribuidora. Também foram condenados o ex-ministro Pedro Paulo Bergamaschi e o operador Luís Pereira Duarte de Amorim.
A sentença, proferida em uma das ações da Operação Lava Jato, determina ainda que os três paguem solidariamente uma multa de R$ 20 milhões por danos morais coletivos.