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Em nova reunião, Lula espera avançar com medidas contra inflação dos alimentos
Presidente reúne ministros para debater o que considera um dos principais ‘vilões’ de sua popularidade
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza, na manhã desta sexta-feira (24), uma reunião para debater possíveis medidas visando reduzir os preços dos alimentos, no Palácio do Planalto. O combate à inflação dos alimentos foi definido pelo petista como uma prioridade para 2025. Ele cobrou de sua equipe medidas durante a última reunião ministerial, no dia 20.
Na quinta-feira (23), foi feita uma reunião prévia entre os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) sobre o assunto. As propostas levantadas por eles serão levadas ao presidente, que vai definir se já anuncia ou não as ações.
Desta vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participa do encontro. Haddad já apontou como uma das sugestões regulamentar a portabilidade do vale-refeição e do vale-alimentação. Lula chegou a editar um decreto, em agosto do ano ado, que possibilita a migração de companhia de gestão dos vouchers. Mas, segundo o ministro, falta a medida ser implementada pelo Banco Central.
Por outro lado, ministros do governo Lula já descartaram a ideia de flexibilizar as regras sobre a data de validade dos alimentos, sugeridas pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e bastante criticada pela oposição nas redes sociais.
Na última quarta-feira (22), Rui Costa gerou ruído com a declaração de que o governo iria buscar “intervenções” para baratear os alimentos. O uso do termo gerou um receio no mercado de eventuais medidas do Poder Executivo para baixar os preços dos alimentos de forma artificial - o que poderia provocar consequências negativas na economia a médio prazo.
Lula e seus ministros tratam com cuidado as possíveis medidas a serem anunciadas nos próximos dias para que não sejam interpretadas por agentes externos como um subsídio forçado para o setor.
O alto preço dos alimentos é um dos desafios do governo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 10 de janeiro revelaram que os alimentos no domicílio, que são itens utilizados de forma rotineira em casa, tiveram inflação de 8,23% ao longo de todo o ano de 2024.
Os destaques que impactaram esse aumento foram as carnes (20,84%), o café moído (39,60%), o leite (18,83%) e as frutas (12,12%). O índice é medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).