-
Departamento de Justiça dos EUA enviou carta a Moraes alertando sobre bloqueio de perfil em rede
-
Primo de Nikolas é preso com 30 quilos de maconha em Uberlândia
-
Após revés, líder do PL diz que oposição 'não abre mão' de derrubar decreto de Lula sobre IOF
-
Instituto apresenta representação no Conselho de Ética contra senadores após ataques a Marina Silva
-
Lista de imóveis de Zema tem cinco na cidade natal do próprio governador
Mudança na política de moderação da Meta liberou conteúdos criminosos no Brasil, indica agência
Agência de checagem Aos Fatos constatou que a mudança na política de checagem da Meta ou a permitir a publicação de conteúdos criminosos
BRASÍLIA — O fim da política de checagem de fatos da Meta no último dia 7 não impacta apenas usuários nos Estados Unidos, como indicou a big tech, mas afeta a moderação de conteúdo no Brasil, segundo constatou a agência Aos Fatos.
Nesta quarta-feira (22), a diretora da agência, Tai Nalon, afirmou que as redes da Meta aram a permitir a publicação de conteúdos antes vetados — e criminosos pela legislação brasileira — com a redução dos filtros de moderação.
“Aos Fatos revelou que a nova política de moderação de conteúdo da Meta já em vigor no Brasil ou a permitir conteúdos considerados criminosos, como expressões de supremacia racial e preconceito religioso”, disse.
“Frases como 'os brancos são os melhores' e 'eu odeio os negros' estão autorizadas a circular no Instagram e no Facebook no Brasil e no mundo”, completou.
A declaração ocorreu durante uma audiência da Advocacia-Geral da União (AGU), nesta quarta-feira, que mira a recente mudança na política de moderação de conteúdos nas redes da Meta.
No início do mês, o CEO do grupo, Mark Zuckerberg, informou o fim do programa de checagem de fatos em um cenário de acenos à gestão Donald Trump nos Estados Unidos.
A Meta optou por dispensar as agências de checagem e decidiu substituir o modelo pelo formato de notas da comunidade — ao invés de profissionais checarem as informações, os próprios usuários é que serão responsáveis por inserir comentários sobre as publicações, indicando se elas são verdadeiras ou mentirosas; tudo a partir dos critérios individuais desses usuários.
O anúncio repercutiu no Brasil, e a Advocacia-Geral da União exigiu que a Meta prestasse explicações sobre o fim da política de checagem e manifestou a posição contrária do governo à mudança, indicando que as alterações promovidas pela big tech não estão adequadas à legislação brasileira.
A principal preocupação, segundo o ministro Jorge Messias, é que as redes amplifiquem o ambiente para prática de crimes como injúria racial e assédio.