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Lula recebe alta hospitalar e deve ficar em São Paulo até quinta (19) para tomografia de controle
A equipe médica do presidente informou que se o exame não mostrar intercorrências, o presidente poderá retornar de avião para Brasília
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar neste domingo (15), depois de ar por uma cirurgia neurológica de emergência. A informação foi confirmada em uma coletiva de imprensa às 11h15.
De acordo com os médicos, na hora da entrevista, Lula ainda estava no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, onde ou a semana internado. Mas deveria sair “nos próximos momentos”.
“Devido ao quadro e recuperação do nosso paciente, que foi extremamente acima do esperado, o presidente está de alta hospitalar”, disse a médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio.
Lula deve permanecer em São Paulo até pelo menos quinta-feira (19), quando ará por uma tomografia de controle para reavaliar seu quadro médico. Se tudo estiver dentro do esperado, o presidente poderá retornar a Brasília em viagem de avião. Viagens longas, como as internacionais, estão proibidas por enquanto.
O médico particular do presidente, o cardiologista Roberto Kalil Filho, informou que se trata de uma alta hospitalar, e não uma alta médica, por conta dessa necessidade de ficar em São Paulo para acompanhamento.
"Quando ele for para Brasília, ele pode continuar com as atividades. Só haverá restrição, por coerência, da quantidade de atividades. Esses próximos 15 dias, principalmente, serão com mais cuidado. Atividade física está completamente proibida. O máximo que ele pode fazer é ear. Ele pode fazer reuniões, mas dentro da coerência e do protocolo. Ele pode retornar às atividades normais", disse Kalil.
Inicialmente, a previsão era de que Lula recebesse alta até a terça-feira (17) e retornasse imediatamente para Brasília. Kalil explicou que a mudança de plano foi para permitir um “acompanhamento mais de perto” nessa fase imediata de alta. O acompanhamento deve seguir com o presidente em Brasília até a cicatrização total do local da cirurgia, o que pode levar até 60 dias.
Entenda
Lula procurou atendimento médico na noite de segunda-feira (9), depois de ar o dia indisposto e sentir dor de cabeça. Uma ressonância magnética realizada no Hospital Sírio-Libanês mostrou uma hemorragia intracraniana, consequência da queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em 19 de outubro.
Ele foi transferido para o Sírio-Libanês em São Paulo e, na madrugada de terça-feira (10), ou por uma cirurgia para drenar o hematoma intracraniano. A intervenção é chamada de trepanação, que consiste no o à parte cerebral por meio de uma perfuração no crânio.
A cirurgia não teve intercorrências, mas Lula seguiu monitorado na UTI. Na quinta-feira (12), os médicos fizeram um procedimento complementar para evitar novos sangramentos.
A segunda intervenção foi uma embolização de artéria meníngea média, adotada para interromper o fluxo de sangue em uma região e faz parte do protocolo de atendimento em casos semelhantes ao do presidente. N mesmo dia, ele teve retirado o dreno intracraniano colocado na primeira cirurgia.
Na sexta-feira (13), Lula ou a ser monitorado de forma menos rígida, quando deixou a UTI. Dessa forma, o monitoramento ao presidente, com o uso de aparelhos, dreno e medições, ou a ser realizado em intervalos, e não mais de forma permanente.
Com a saída da UTI, ele também pôde receber mais visitas de familiares e amigos. Antes, apenas a primeira-dama Janja da Silva o acompanhava de forma permanente. A saída da unidade de terapia intensiva já estava prevista para o mesmo dia.
Ao longo das atualizações médicas, foi informado que Lula estava “neurologicamente perfeito”, “cognitivamente bem” e “apto a exercer qualquer tipo de trabalho”. Ainda, que o presidente não teria sequelas.