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Reginaldo Lopes

Deputado federal pelo PT-MG

REGINALDO LOPES

Compromisso com a democracia

Interesses nacionais na pauta dos novos presidentes do Parlamento

Por Reginaldo Lopes
Publicado em 04 de fevereiro de 2025 | 07:00

Fevereiro marca o início do ano legislativo no Congresso Nacional. Agora, com novos presidentes na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Senado, com a volta de Davi Alcolumbre (União-AP) ao posto. A quase unanimidade em que foram eleitos mostrou que a maturidade alcançada pela maioria dos seus pares e seus discursos de posse representam uma esperança na relação entre os poderes e defesa dos interesses nacionais.

Nas suas falas, ambos escolheram um personagem da história para simbolizar o rumo que devem tomar em seus mandatos: Ulysses Guimarães. Foi um gesto de grande simbolismo, pois o “Senhor Diretas” virou símbolo da defesa da democracia e antítese do autoritarismo.

Hugo Motta disse sentir orgulho em sentar na mesma cadeira da presidência da Câmara onde esteve o deputado do MDB paulista, a quem citou por 14 vezes no seu discurso. Inclusive repetiu uma das suas frases mais marcantes, afirmando que também tem “nojo e ódio da ditadura” quando se levantou da cadeira e repetiu o gesto que Ulysses fez ao promulgar a Constituição, com o livro levantado, saudou um “Viva a democracia”. 

Por falar em democracia, o novo presidente da Câmara citou a palavra 30 vezes no seu discurso, além de fazer referência ao filme “Ainda Estou Aqui”, que conta a história do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar.

Se antes a defesa do processo democrático já era importante, em tempos atuais é crucial. Defensores do autoritarismo e de ditaduras estiveram no poder no Brasil recentemente e tentaram se manter nele pela força bruta e em tramas golpistas. Reafirmar o compromisso democrático das autoridades máximas do Poder Legislativo nesta conjuntura é, portanto, um alento.

Importante salientar que 0 Parlamento, sob as presidências do deputado Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi no último período um baluarte em defesa da ordem constitucional. Eles não deixam apenas esse legado, mas um conjunto de contribuições para o país. Poderia citar aqui muitos exemplos, mais valorizo um feito dos seus mandatos do qual participei diretamente: a concretização da reforma tributária. 

A coragem e compromisso público dos dois foram imprescindíveis para tirar do papel e tornar realidade uma pauta que estava represada há mais de 30 anos e que ou por dezenas de mandatos sem conseguir ser votada. Daqui a alguns anos, quando o Brasil começar a colher os frutos da nova legislação tributária, inaugurando uma fase de desenvolvimento acelerado, seus nomes há de ser lembrados. 

A reforma tributária foi citada pelo presidente Lula no seu primeiro encontro com os novos presidentes do Parlamento, ocorrido nesta segunda-feira (03/02), para reafirmar que, nos últimos dois anos, o Governo Federal teve inúmeros momentos de parcerias estratégicas com o Congresso Nacional. “Uma demonstração de que, na hora que você está governando, na hora que você está exercendo o mandato, a questão ideológica das eleições fica secundarizada e o que é prioritário são os interesses do povo brasileiro”, comentou o presidente da República.

Tanto Arthur Lira quanto Rodrigo Pacheco têm muitas contribuições ainda a dar ao país. Especula-se em comporem o ministério do presidente Lula, onde poderiam participar desse esforço de unir e reconstruir o Brasil. No caso do senador, o próprio presidente defendeu que seja candidato do campo progressista a governador de Minas. 

Pelo trabalho e compromisso que demonstrou na sua vida pública, com certeza Pacheco estará à altura de governar nosso estado com toda capacidade e altivez. Conta com meu ir apoio