ACÍLIO LARA RESENDE

Da fraude no INSS às eleições de 2026 3f224j

Os desafios urgentes do governo e da oposição 511z5y

Por Acílio Lara Resende
Publicado em 08 de maio de 2025 | 07:00
 
 
Operação da Polícia Federal sobre desvios no INSS Foto: Polícia Federal

É revoltante que funcionários do INSS, que deveriam zelar pela instituição da qual, mensalmente, recebem o seu sustento, possam ter se envolvido em esquemas tão covardes e abjetos e com um só objetivo – o de lesar, em favor deles próprios, por meio de um esquema de descontos indevidos, aposentados e pensionistas de baixa renda. O prejuízo, segundo a Polícia Federal, poderá alcançar os R$ 6,3 bilhões.

O governo não sabe ainda de onde vai sair essa grana toda, se é que ficará só nisso, mas já decidiu, segundo notícias que acabei de ler, ressarcir – pelo cálculo também feito pela Polícia Federal – mais de 4 milhões de brasileiros que foram lesados. É preciso muita pressa na identificação dos responsáveis – diretos e indiretos – por essa inominável covardia. E os envolvidos, leitor, têm que ser punidos severamente.

Segundo se sabe até agora, o INSS e a Advocacia Geral da União (AGU) discutem, em detalhes, um plano que já ganhou até nome: Plano de Ressarcimento Excepcional. A proposta será apresentada para análise pela Casa Civil e, depois, seguirá para o Conselho Nacional de Justiça, para o Ministério Público e para a Defensoria Pública. Uma viagem que levará tempo para ser concluída. Ninguém fala em prazo para devolução dos descontos, mas, no Planalto, a partir do presidente Lula, fala-se até em usar a verba do Orçamento do Executivo.

A queda do ministro Carlos Lupi (PDT), demitido pelo presidente Lula depois de injustificável demora, provocou reação nas lideranças do partido. Para Ciro Gomes, “a queda foi uma indignidade inexplicável”. Uma das razões dessa insatisfação está na trajetória de encolhimento por que a o PDT, que agora se dividiu: na Câmara, deixou a base do governo, mas, no Senado, continua a apoiar o governo.

Bolsonaro e a anistia 6c4sf

Cercado por pequeno número de apoiadores, o ex-presidente Jair Bolsonaro, depois de 23 dias internado no Hospital DF Star, em Brasília, recebeu alta da cirurgia de desobstrução intestinal a que foi submetido no dia 13 de abril. Depois de enfrentar complicações pós-operatórias, o ex-presidente mostrou-se sorridente e disposto em sua saída do hospital. Instantes depois, postou foto cortando o cabelo e ainda se referiu à manifestação em defesa da “anistia humanitária”, que estava marcada para ontem, em Brasília, a partir das 16h.

Na última terça-feira, os cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por considerarem que há materialidade e indícios mínimos, tornaram réus os sete acusados que fazem parte do núcleo mais difuso – assim definido pela Procuradoria Geral da República (PGR). Com a decisão, o grupo – integrado por militares e ex-funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) – vai responder a processo penal por cinco crimes.

Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro está inelegível até 2030. Além do mais, o ex-presidente enfrenta, no STF, duro processo penal, que só lhe deixará dissabores. Chegou, então, a hora de liberar o nome do seu candidato, que terá pela frente um papel difícil – o de unir a direita democrática à extrema direita.

Uma tarefa, de fato, quase impossível.