-
Dino ironiza possível sanção dos EUA a Moraes e diz que ministro pode visitar “Nova Iorque do MA”
-
PGR quer condenação de ex-primeira-dama da Paraíba por participação nos atos de 8 de janeiro
-
Moraes manda intimar ex-comandante do Planalto após ausência em depoimento sobre tentativa de golpe
-
Testemunha de Torres diz que live de Bolsonaro ‘assustou’ e que MJ não tinha prova de fraude nas urnas
-
Possibilidade de entrega de Cidade istrativa à União gera questionamentos entre servidores
PF apura se Abin agiu para favorecer filhos de Bolsonaro em investigações
Há suspeitas de favorecimento pela Abin de Flávio Bolsonaro e de Jair Renan; nesta quinta (25), a PF fez buscas contra Alexandre Ramagem por espionagem ilegal

A Polícia Federal (PF) apura se filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teriam sido favorecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em investigações em que são alvos. As suspeitas recaem sobre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e sobre o filho mais novo do ex-presidente, Jair Renan.
Nesta quinta-feira (25), a espionagem ilegal promovida pela Abin contra opositores do governo Bolsonaro voltou motivar uma ação da PF. Foram feitas buscas em endereços do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que chefiou o órgão na última gestão federal.
Sobre Flávio Bolsonaro, a suspeita é a de que a Abin teria entregado ao senador informações sobre adversários políticos e para ajudar em sua defesa no caso da rachadinha em seu gabinete quando foi deputado estadual. A informação foi publicada pelo jornal G1.
Por meio de nota, o senador declarou que a suspeita é um "completo absurdo" e que há "mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro". "Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas, conforme amplamente divulgado pela grande mídia", acrescentou.
Em relação ao filho caçula, Jair Renan, há suspeita de que ele teria sido beneficiado pela Abin na investigação da PF sobre as relações com empresas que mantinham e tinham interesse em contratos com o governo federal. Nesse sentido, servidores do órgão teriam agido para atrapalhar a investigação.
Operação mira Ramagem e policiais federais
Nesta quinta-feira, a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares de prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências da Polícia Federal ocorreram em Brasília (18), em Juiz de Fora (1), na Zona da Mata mineira, em São João Del Rei (1), na região Central de Minas, e no Rio de Janeiro (1).
As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das fake news. A ação é uma continuação das investigações da operação Última Milha, que foi deflagrada em outubro do ano ado.
Segundo a PF, as provas obtidas a partir das diligências executadas à época indicaram que o "grupo criminoso" criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços da agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático.
Conforme as investigações, ocorreram também proveitos pessoais para interferir em apurações da PF. Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.