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Mauro Cid e pai decidem falar em depoimento à PF sobre venda das joias sauditas
General Mauro Lourena Cid é apontado como o responsável por vender os artigos de luxo recebidos por Jair Bolsonaro

Diferentemente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor da Presidência da República, e o pai dele, o general Mauro César Lourena Cid, decidiram responder às perguntas dos policiais federais escalados para colher os depoimentos simultâneos realizados nesta quinta-feira (31) com oito citados na investigação sobre suposto desvio, venda, recompra e devolução de presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras.
Jair e Michelle Bolsonaro seguiram com a estratégia de ficar em silêncio. Os advogados do casal alegam que a Procuradoria Geral da República (PGR), sob o comando de Augusto Aras, não reconheceu a competência no Supremo Tribunal Federal (STF) neste caso e pediu para ele ser enviado para a 6ª Vara Federal de Guarulhos. Dessa forma, afirmaram que os clientes só prestarão esclarecimentos quando o caso ar para a primeira instância.
“Considerando ser a PGR a destinatária final dos elementos de prova da fase inquisitorial para formação do juízo de convicção quanto a elementos ou não a lastrear eventual ação penal, os peticionários, no pleno exercício de seus direitos e respeitando as garantias constitucionais que lhe são asseguradas, optam por adotar a prerrogativa do silêncio no tocante aos fatos ora apurados”, diz trecho de documento entregue pela defesa à PF.
O casal chegou à sede da PF, em Brasília, às 10h40 desta quinta, acompanhado de Fábio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência. Também intimado a depor, Wajngarten decidiu usar da mesma prerrogativa de ficar em silêncio.
A PF decidiu realizar os interrogatórios ao mesmo tempo para evitar uma combinação de versões dos investigados. Na semana ada, o ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo inquérito no STF, proibiu a comunicação entre os envolvidos justamente para evitar um possível ajuste de versão.
Na última segunda-feira (28), Mauro Cid ficou 10 horas na sede da PF em Brasília prestando depoimento sobre o caso. Ainda não se sabe o que ele contou, mas, em outras oportunidades, ele itiu que recebia os presentes de luxo dados a Bolsonaro. A PF interceptou mensagens do ex-ajudante de ordens negociando um relógio da marca Rolex nos Estados Unidos.
O pai dele é apontado como o responsável por vender os artigos de luxo recebidos por Bolsonaro. O dinheiro apurado iria para o ex-presidente. A família Cid tem casas na Flórida, para onde Bolsonaro e Michelle se mudaram após o término da gestão. Mauro Cid e a família foram juntos. A PF diz ter provas da venda, pelo general Mauro Lourena Cid, de itens recebidos por Bolsonaro na Presidência nesse período de auto exílio nos EUA.