-
Comandante do Exército no 8 de janeiro diz não saber motivo pelo qual foi demitido por Lula
-
Ex-prefeita de cidade mineira é condenada a quase 40 anos de prisão por desvio de dinheiro público
-
Parlamentares apontam que PEC da Segurança Pública é inconstitucional por ferir autonomia de Estados
-
Comissão concede anistia política a Dilma Rousseff e aprova indenização de R$ 100 mil
-
Comandante da Marinha pede para não depor em inquérito que apura suposta trama golpista
Eduardo Bolsonaro diz que representante de Trump vem ao Brasil discutir sanções contra Moraes
David Gamble fará uma visita ao Brasil na próxima segunda-feira (5) para ouvir parlamentares de direita e Jair Bolsonaro, segundo Eduardo
BRASÍLIA – O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que em março deixou o cargo público e o Brasil para morar nos Estados Unidos, disse neste sábado (3) que o coordenador de sanções do Departamento de Estado norte-americano, David Gamble, desembarca em Brasília na segunda-feira (5) para ouvir parlamentares de direita e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Eduardo afirmou à repórter da Folha de S. Paulo em Washington que se reuniu com pessoas no Departamento de Estado e também da Casa Branca, sem detalhar os nomes. Na pauta, segundo o filho de Jair Bolsonaro, estão sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e questões ligadas à segurança pública, como crime organizado.
Eduardo Bolsonaro também usou as redes sociais para fazer o anúncio da vinda de David Gamble ao Brasil. No entanto, até a mais recente atualização desta reportagem o Departamento de Estado dos EUA não havia confirmado as informações do parlamentar brasileiro licenciado.
A justificativa para a sanção de Moraes seria a Lei Magnitsky, que prevê a aplicação de sanção a pessoas acusadas de violação de direitos humanos e corrupção. Bolsonaristas alegam que o ministro do STF violou os direitos humanos ao agir contra a liberdade de expressão de pessoas nos EUA ao pedir bloqueio de perfis e informações a big techs.
Entre as punições previstas pelo governo norte-americano para esses casos, estão a proibição de entrada nos Estado Unidos, assim como o bloqueio financeiro a instituições financeiras com base no país, como empresas de cartão de crédito.
Aliados de Bolsonaro pretendem convencer o representante do governo norte-americano a impor sanções contra outras autoridades brasileiras, como o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Moraes é o relator de ações contra Bolsonaro e aliados no STF. As denúncias foram apresentadas por Gonet, com base em investigações da Polícia Federal.
Na terça, a Primeira Turma do Supremo julga grupo de militares da reserva e civis que integram o chamado “núcleo 4” da denúncia feita pela PGR por suposta participação na tentativa de golpe. Bolsonaro e integrantes da istração dele já foram tornados réus nesse processo, que envolve cinco crimes.