COFRES PÚBLICOS

Justiça dá 20 dias para governo Lula e Janja explicarem gastos com viagens da primeira-dama

Ação é movida por um vereador de Curitiba e um advogado; eles querem proibir o uso de dinheiro público para pagar as agendas internacionais de Janja

Por Lara Alves
Atualizado em 19 de maio de 2025 | 16:41

BRASÍLIA — A Justiça do Distrito Federal impôs, nesse domingo (18), um prazo de vinte dias para o governo Lula (PT) explicar os gastos da istração pública com as viagens da primeira-dama Rosângela Lula da Silva para Nova Iorque, Roma, Paris e Rússia.

A decisão responde a uma ação apresentada à Justiça pelo vereador de Curitiba, Guilherme Kilter (Novo-PR), e pelo advogado Jeffrey Chiquini. Eles recorreram à Justiça para pedir que sejam suspensas as ordens de pagamentos emitidas pela União para cobrir os gastos com as viagens feitas pela primeira-dama ao exterior entre os meses de fevereiro do ano ado e abril deste ano.

Kilter e Chiquini argumentam que as despesas com as idas a Roma, Nova Iorque, Paris e Rússia são ilegais. Eles, então, pedem que os decretos autorizando as despesas sejam anulados.

Na decisão desse domingo, o juiz Leonardo Tavares Saraiva nega o pedido feito e impõe o prazo de vinte dias para a primeira-dama contestar a ação pública movida pelo vereador e pelo advogado. A Justiça pede ainda que o representante do Ministério Público seja intimado a se manifestar no processo.

As viagens internacionais de Janja são alvo recorrente de críticas e ataques da oposição contra o Palácio do Planalto. O grupo cita, principalmente, as idas antecipadas da primeira-dama aos destinos de missões oficiais, quando ela chegou antes da delegação e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).