-
Ex-prefeita de cidade mineira é condenada a quase 40 anos de prisão por desvio de dinheiro público
-
Comandante da Marinha pede para não depor em inquérito que apura suposta trama golpista
-
Política em Minas e no Brasil - Brasília, Congresso, ALMG, Câmara de BH e os bastidores
-
Justiça anula venda de terreno público feita por ex-prefeito de T
-
Parlamentares apontam que PEC da Segurança Pública é inconstitucional por ferir autonomia de Estados
'Não há protocolo que me faça calar', diz Janja sobre episódio com Xi Jinping
Primeira-dama ironizou o que foi considerado um ‘tropeço’ ao abordar o presidente chinês sobre o TikTok
BRASÍLIA - A primeira-dama, Janja da Silva, afirmou nesta segunda-feira (19) que “não vai se calar” diante de temas relacionados às redes sociais, em meio às críticas por ter abordado o presidente da China, Xi Jinping, sobre o TikTok, na semana ada, em viagem ao país asiático.
A primeira-dama aproveitou sua participação em um evento sobre combate à violência sexual contra crianças para reforçar sua postura e afirmar que, sempre que houver a oportunidade, vai repetir a abordagem.
“Em nenhum momento eu calarei a minha voz para falar sobre isso. Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar sobre isso com qualquer pessoa que seja, do maior grau ao menor grau, do mais alto nível a qualquer cidadão comum”, disse.
“E foi para isso que ela [a minha voz] foi usada na semana ada quando eu me dirigi ao presidente Xi Jinping após a fala do meu marido sobre uma rede social. Eu, como mulher, não ito que alguém me dirija dizendo que eu tenho que ficar calada. Eu não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes”, completou.
Na última terça-feira (13), Janja causou constrangimento na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Pequim, ao pedir a palavra para questionar Xi Jinping sobre os riscos do TikTok. Segundo ela, o algoritmo da plataforma chinesa frequentemente favorece a direita. No evento, não havia previsão de falas.
Nesta segunda-feira, no mesmo discurso, ela afirmou que é preciso tratar do tema “de uma forma um pouco mais séria e não como fofoca de bastidor”. E ironizou o que seria o protocolo de eventos como o jantar em Pequim.
“Eu fico feliz que vocês me convidaram e que eu vou poder falar, que eu não vou precisar ficar calada. O protocolo aqui me deixa falar, né, Macaé [Evaristo, ministra dos Direitos Humanos]? Não vou tropeçar”, diz, ao simular um tropeço no púlpito.
O episódio ainda gerou uma espécie de “caça às bruxas” no entorno de Lula, para saber quem teria sido o responsável por vazar à imprensa a fala de Janja. O principal “suspeito” nos bastidores é o ministro da Casa Civil, Rui Costa.