BRASÍLIA - O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), remarcou para os dias 20 e 21 de maio o julgamento a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra militares acusados de participar de suposto plano de golpe de Estado que envolveria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Inicialmente, a análise da denúncia estava agendada para os dias 8 e 9 de abril.
Zanin é presidente da Primeira Turma do STF, responsável pela análise das denúncias que envolvem a tentativa de golpe. Ainda integram o colegiado, os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Se a maioria dos cinco entender que a denúncia da PGR tem indícios de crimes, será aberta uma ação penal e os acusados vão virar réus.
Ao todo, a PGR acusa 34 pessoas pelos seguintes crimes:
Os acusados foram divididos em cinco núcleos, conforme seu envolvimento na suposta trama golpista.
Nessa fase, serão julgados os acusados no denominado Núcleo 3. Segundo a Polícia Federal, esse grupo era responsável por “ações táticas e coercitivas” e foi formado por agentes e policiais que se alinharam à suposta trama golpista, que envolveria monitoramento, sequestro e até assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. De acordo com a investigação, faziam parte desse grupo:
O núcleo 2, apontado como responsável por elaborar o plano de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, está marcado para 29 de abril.
A Primeira Turma julgou nos dias 25 e 26 de março os acusados de tentativa de golpe de Estado do chamado “núcleo 1”, que inclui Bolsonaro e mais sete acusados. Os ministros decidiram acolher a denúncia da PGR e o grupo formado pelos líderes da trama se tornou réu pela tentativa de golpe de Estado.