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Em tom ameno, petistas comemoram Bolsonaro réu por tentativa de golpe: 'Grande dia'
Decisão da Primeira Turma do STF nesta quarta-feira (26) tornou réus Jair Bolsonaro e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado em 2022.

BRASÍLIA - Os petistas adotaram um tom mais ameno ao comentar nas redes sociais a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (26) para receber a denúncia da Procuradoria-Geral República e tornar réus Jair Bolsonaro e outros sete acusados de integrarem o núcleo central na suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
Os deputados da base governista aproveitaram também para divulgar um movimento "sem anistia", para evitar a aprovação de projeto de lei que pode anular as condenações dos envolvidos no 8 de janeiro de 2023.
A frase “grande dia” ao lado da bandeira do Brasil foi usada pelo líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), em postagem sobre o julgamento. O bordão ficou famoso no ado ao ser usado por apoiadores políticos de Bolsonaro.
Já a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), atacada por Bolsonaro em 2014, publicou um vídeo no qual comemora a responsabilização de Bolsonaro e de “uma quadrilha que tomou conta do país por seus crimes”.
"É o assunto não só do dia, mas do ano. É o assunto da democracia", afirmou na postagem.
O presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PT-PE), foi mais provocativo e afirmou que, para Bolsonaro, "a cadeia está cada vez mais perto!"
"A justiça começou a ser feita: Bolsonaro é réu e precisa pagar por cada um dos seus crimes!", completou.
Importância para a democracia
Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), avaliou, em sua postagem, que o julgamento tem um papel importante na consolidação da democracia no Brasil.
"O que está sendo julgado hoje, no Supremo tribunal Federal, não são os indivíduos apenas, não é uma arruaça isolada, não é somente uma tentativa de bomba no aeroporto de Brasília, mais do que tudo isso: é o julgamento sobre a própria resistência da democracia brasileira, que não ocorreu na redemocratização e que, agora, ocorre antes tarde do que nunca. Para que no nosso país e no mundo ditaduras não sejam esquecidas e para que nunca mais aconteça!".
O líder do governo Lula na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), também fez referência ao estado democrático de direito e afirmou que "a democracia venceu!" e que não haveria espaço para a impunidade.
"Bolsonaro se torna réu no STF por tentativa de golpe, um o importante para o fortalecimento da democracia e para mostrar que todos estão sujeitos à justiça. A impunidade não tem espaço em um Estado democrático de direito".
A linha institucional também foi adotada pela ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que destacou que a decisão ocorreu "no curso do devido processo legal, com garantia ampla do direito de defesa aos acusados".
"Hoje a Justiça falou e tornou réus, por unanimidade da Turma do STF, os comandantes da tentativa de golpe contra a democracia no Brasil. É muito significativo que esta decisão tenha sido tomada à luz dos fatos apresentados na denúncia da PGR, no curso do devido processo legal, com garantia ampla do direito de defesa aos acusados. Tudo transcorrido no estado democrático de direito que os réus tentaram abolir", escreveu a ministra na publicação.
O PT fez transmissões ao vivo da sessão da Primeira Turma em seus canais oficiais e compartilhou em suas páginas trechos do julgamento, com falas do ministro Alexandre de Moraes e do procurador-geral, Paulo Gonet.