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Defesa de Mauro Cid é criticada por advogados em almoço com Bolsonaro na churrascaria
Representantes e ex-presidente se reuniram no intervalo das sessões que julgam o ‘núcleo crucial’ apontado pela PGR como responsável pelo planejamento de um golpe de Estado
BRASÍLIA - A sustentação oral do advogado Cezar Bittencourt a favor do tenente-coronel Mauro Cid, no plenário da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (25), irritou os responsáveis pela defesa de Jair Bolsonaro (PL).
No almoço com o ex-presidente em uma churrascaria a menos de 5 km do Supremo, no Setor de Clubes Sul, - ou “entre uma picanha e outra”, como contou um dos presentes -, os advogados criticaram os argumentos apresentados pelo defensor do delator do plano de golpe de Estado supostamente orquestrado para manter Bolsonaro no poder após derrota nas eleições presidenciais de 2022.
“Um grande mentiroso. Dizer que eu liguei para a mulher do Cid, isso nunca aconteceu”, reclamou o ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro e advogado Fabio Wajngarten. “Já a defesa do Juca foi brilhante", emendou, entre elogios a outras sustentações feitas em plenário.
Juca é José Luis Mendes de Oliveira Lima, responsável pela defesa do general do Exército Walter Braga Netto. Em dezembro de 2024, o jurista assumiu a defensoria do militar preso preventivamente por suposta tentativa de obstrução da investigação sobre o plano de golpe de Estado.
O criminalista já atuou na defesa do ex-deputado José Dirceu (PT), durante o Mensalão, e do ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro, investigado pela operação Lava Janto
Aliado de primeira ordem do ex-presidente, Wajngarten é atuante na rede social X onde não poupa palavras para atacar aqueles que criticam e se opõem a Bolsonaro.
O almoço ocorreu no intervalo da audiência de julgamento das denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros sete aliados acusados de arquitetar uma tomada de poder à força para manter o ex-presidente no poder.
A sessão foi encerrada às 12h31 e retomada pouco depois das 14h. Desde as 9h30, Bolsonaro acompanha o próprio julgamento sentado na primeira fila do plenário, bem ao centro do auditório.
Ele está posicionado de frente para o presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, e para aquele que ele enfrenta como um algoz, Alexandre de Moraes, relator do inquérito contra o grupo denunciado e julgado pelos magistrados. Ao seu lado estão os advogados dele Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno.