BRASÍLIA – Atendendo pedido da Polícia Federal, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou o inquérito contra o ex-ministro de Direito Humanos Silvio Almeida, acusado de assédio e importunação sexual.
Os investigadores ganharam mais 60 dias. O inquérito foi aberto a partir de denúncias que vieram à tona em setembro, por meio da ONG Me Too. Entre as supostas vítimas estão a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A divulgação do caso culminou na saída de Almeida do governo. Ele, que sempre negou tudo, deve ser o último a ser interrogado pela PF. Só então o delegado responsável pelo inquérito deve pedir ou não o indiciamento do ex-ministro.
No último sábado (15), Almeida voltou às redes sociais, após longo período sem publicar, e disse que vai retomar seus projetos. “Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão e nem segunda chance. Eu quero justiça”, escreveu
“Nestes últimos meses, tentaram me fazer esquecer quem eu realmente sou, quem eu fui e quem eu sempre quis ser. Tentaram apagar trinta anos de trabalho sério, de dedicação e de muita renúncia”, completou.