BRASÍLIA – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira (8) em suas redes sociais que recebeu um convite do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para a posse dele em 20 de janeiro, em Washington.

A defesa de Bolsonaro já pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação do aporte do ex-presidente, que está retido na Polícia Federal (PF) desde fevereiro de 2024.

O documento foi apreendido por causa das investigações de um suposto plano de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder e que incluiria assassinato de autoridades, incluindo Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta quarta-feira, o governo Lula faz uma série de eventos para lembrar a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. A PF concluiu que apoiadores de Bolsonaro tinham o intuito de derrubar o recém-empossado Lula com um golpe.

A PF também vê semelhanças entre os atos de 8 de janeiro de 2023 e os ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, em que cinco pessoas morreram durante a invasão de apoiadores de Trump que queriam impedir a posse de Joe Biden.

Trump prometeu anistiar os condenados pelo episódio de quatro anos atrás. Já parlamentares aliados de Bolsonaro tentam aprovar uma lei para perdoar condenados e todos os investigados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro.

Bolsonaro disse em entrevista publicada pelo The Wall Street Journal que conta com o apoio de Trump para retornar ao Palácio do Planalto. 

O brasileiro afirmou apostar em Trump para pressionar ministros das Cortes superiores brasileiras a suspender a aplicação da inelegibilidade até 2030, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro disse ainda que Trump poderá ajudá-lo com sanções econômicas contra o Brasil durante o governo de Lula. O ex-presidente vê a eleição do republicano como uma virada de jogo para os políticos de direita na América Latina.