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Mauro Cid presta novo depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira
Indiciado pela PF, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tratou sobre suposto plano de golpe em áudios
BRASÍLIA - A Polícia Federal ouve novamente nesta quinta-feira (5), às 15h, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A intimação é assinada pelo delegado Fábio Shor, responsável pelas investigações que envolvem o ex-presidente.
Mauro Cid foi indiciado pela PF por tentativa de atentado contra a democracia, juntamente com Bolsonaro e mais 35 pessoas. Ele é investigado também por auxiliar na venda de presentes de Estado para benefício do ex-presidente. Na intimação, não consta em qual das investigações ele será ouvido.
Ele chegou a ser preso, mas foi solto após fechar um acordo de delação premiada. O militar já foi ouvido pelo menos 11 vezes ao longo das investigações sobre possíveis irregularidades cometidas na gestão Bolsonaro.
O então ajudante de ordens do presidente foi peça central nas investigações que revelaram os planos de golpe contra o Estado democrático em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a apreensão de aparelhos eletrônicos dele, como celulares e notebooks, a Polícia Federal descobriu a organização criminosa que planejava as ações.
Em uma das mensagens de áudio, enviada por aplicativo, Mauro Cid fala ao general Mario Fernandes, que era o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, sobre a necessidade de o suposto plano ser colocado em prática “antes do dia 12”.
Investigadores concluíram que a dupla cita o 12 de dezembro de 2022, data para a diplomação da chapa Lula e Geraldo Alckmin, que marcaria o reconhecimento da eleição de ambos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Dia 12 seria... Teria que ser antes do dia 12, né? Mas com certeza não vai acontecer nada. E sobre os caminhões, pode deixar que eu vou comentar com ele, porque o Exército não pode ‘papar mosca’ de novo, né? É área militar, ninguém vai se meter”, diz Cid. O “ele”, segundo a PF, é Bolsonaro. Já os “caminhões” são os veículos enviados por fazendeiros para o Quartel General do Exército, em Brasília, para engrossar o acampamento que pedia intervenção militar contra a posse de Lula.