O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (30) que o Congresso Nacional quer ‘ajudar o país a equilibrar as contas’ e comemorou a aprovação, na quarta-feira (29), do projeto de lei da taxação das offshores e dos fundos exclusivos.

A prioridade da equipe econômica do Planalto até o fim do ano é aprovar medidas que elevem a arrecadação do governo, com o objetivo de se aproximar da meta fiscal de déficit zero no Orçamento de 2024.

"Nós vamos trabalhar até o último dia para tudo isso ser aprovado. Nós temos o apoio tanto do presidente da Câmara quanto do Senado. Penso que o Congresso Nacional está empenhado a ajudar o país a equilibrar suas contas", disse a jornalistas em Doha, no Catar.

No mês de dezembro, o Ministério da Fazenda também espera ver aprovados pelo Legislativo a taxação das apostas esportivas, a Medida Provisória (MP) das subvenções aos Estados para atrair investimentos e a limitação dos Juros sobre Capital Próprio.

"Tudo isso são correções de distorções provocadas nos últimos anos, o que minou a base fiscal do Estado brasileiro. São grupos de interesse que se apropriaram do Orçamento público, prejudicando a população, prejudicando estados e municípios e a União, que acaba tendo que arcar com esses custos", apontou Haddad.

Ainda na pauta econômica, falta a Câmara votar, pela segunda vez, a reforma tributária, após o texto ter sido aprovado com alterações pelo Senado. O tempo é escasso, já que restam apenas três semanas de trabalhos legislativos. Na primeira semana de dezembro, o Congresso deve estar esvaziado, devido à ida de parlamentares à Conferência do Clima das Nações Unidas, nos Emirados Árabes.

Fernando Haddad também está nessa comitiva. Nesta quinta-feira (30), no Catar, ele participou de um fórum econômico e, um dia antes, se encontrou com representantes do governo da Arábia Saudita. Segundo o ministro, os sauditas irão injetar US$ 10 bilhões no Brasil em investimentos.