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De olho na popularidade, Lula reúne ministros para discutir preço dos alimentos
Governo acredita que a partir de abril os consumidores sentirão a queda dos alimentos nos supermercados; ministros alegam que inflação ocorreu por questões climáticas sazonais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (14), para discutir uma forma de viabilizar a redução dos preços dos alimentos. Os valores de alimentos e bebidas aram por alta inflacionária desde o final do ano ado, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A expectativa do governo é que a redução dos preços nos supermercados ocorra já em abril, a exemplo de alguns itens como arroz, trigo, feijão, milho e mandioca. Segundo dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos e bebidas subiram 0,95% em fevereiro, em relação a janeiro deste ano.
A corrosão do poder de compra dos consumidores e o impacto que isso provoca no bolso da população preocupa o Palácio do Planalto, que viu a popularidade do petista cair, conforme últimas pesquisas de opinião pública. O próprio petista falou sobre o assunto nesta semana durante entrevista ao STB News.
Para ele, a derrubada dos preços é “essencial" para que o governo volte a "ter credibilidade junto ao povo brasileiro". Diante deste cenário, Lula se encontrou com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Rui Costa (Casa Civil) mais o presidente da Companha Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
Ao término do encontro, Paulo Teixeira explicou que o aumento dos preços dos alimentos ocorreu por questões climáticas e sazonais do Brasil, a exemplo de chuvas intensas e enchentes. Na avaliação dele, já existe uma tendência de queda.
“É uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo. Todas as evidências são de que já baixou, teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor. Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas”, informou.
Na mesma linha, Carlos Fávaro também pontuou citou que houve queda no preço pago aos produtores de arroz, de R$ 120 para cerca de R$ 100 por saca. Ele espera que esta redução chegue até as prateleiras dos supermercados no próximo mês: “O que esperamos é que se transfira essa baixa dos preços, e os atacadistas abaixem também na gôndola do supermercado, que é onde as pessoas compram”, frisou o titular da pasta do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Em outra frente, o governo vai trabalhar uma estratégia específica no Plano Safra 2024-2025 para direcionar o crescimento da produção de arroz, feijão, trigo e mandioca.
Churrasco de Lula com o agronegócio
Carlos Fávaro confirmou que o presidente Lula terá encontros uma vez por semana com setores do agronegócio. Os "churrasquinhos", como ele mesmo mencionou, vão ocorrer na casa de campo da Presidência da República, a Granja do Torto, em Brasília, a partir da próxima semana, a pedido dos próprios empresários.
“Nós vamos sentar e organizar a agenda. Já são cinco setores que querem se reunir com ele. Querem trazer novidades, trazer algum pleito. O setor de carnes ficou muito feliz com os anúncios dessa semana. Todas as carnes, bovinos, suínos e aves. Falaram para o presidente que querem fazer um churrasco, convidar umas 500 pessoas para comemorar esse bom momento", disse o ministro da Agricultura e Pecuária.
Conforme listou, os primeiros encontros vão ocorrer com empresários de fruticultura, cafeicultura, algodão, pecuária e celulose.