BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará um ato para marcar os dois anos do 8 de janeiro, sem a presença dos presidentes de outros Poderes, como Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado; Arthur Lira (PP-AL), da Câmara dos Deputados, e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente será o anfitrião dos eventos no Palácio do Planalto e na Praça dos Três Poderes, que serão realizados nesta quarta-feira (8), em Brasília. Para garantir o quórum no "Abraço à Democracia", Lula chegou a cancelar as férias de alguns de seus ministros para que os auxiliares compareçam.
No comando do Legislativo, o presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco, informou que não irá comparecer por estar em viagem de férias para o exterior. A viagem, segundo ele, foi programada antes da definição da agenda por Lula. O vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), é quem representará o Senado.
Também representante do Legislativo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ainda não confirmou presença. Ele está em Alagoas e a expectativa é de que não compareça, assim como ocorreu na cerimônia do primeiro ano dos atos de 8 de janeiro, em 2024.
O presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, também estará ausente. Ele será representado pelo vice-presidente da Corte, ministro Edson Fachin. Os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, por sua vez, também confirmaram presença como convidados.
Barroso também não participará de evento exclusivo no STF. Caberá a Fachin comandar um encontro, na tarde do dia 8, para relembrar os atos. O momento será exclusivo para servidores que trabalharam na limpeza e reconstrução do prédio e na restauração das obras destruídas na invasão à Suprema Corte.
Hugo Motta e Alcolumbre também devem faltar no evento
Cotados como favoritos para a sucessão de Lira e Pacheco, respectivamente, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) também não devem comparecer nas agendas do Planalto.
Assim, o cenário de confirmados deste ano apresenta um tom diferente do ato de 2024, quando o Congresso Nacional foi palco do evento "Democracia Inabalada" e reuniu Lula, Pacheco, Barroso e outras autoridades. Além disso, diferente do ano ado, Câmara e Senado não programaram eventos para marcar os dois anos dos atos às sedes dos Três Poderes.
Os eventos
Lula programou um evento com quatro momentos diferentes ao longo da quarta-feira para marcar os dois anos da invasão e depredação do Congresso, do STF e do Planalto, em 8 de janeiro de 2023. Os três primeiros momentos serão realizados no Palácio do Planalto, que é a sede do Poder Executivo.
Às 9h30, Lula fará uma cerimônia mais interna para reintegrar obras de arte que foram destruídas há dois anos e, agora, estão restauradas. Entre elas, estão o relógio do século XVII, que foi consertado na Suíça sem custos para o governo brasileiro, e uma ânfora portuguesa.
O segundo momento será às 10h30 em um salão do 3º andar do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. Será feita a apresentação da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti. O quadro, avaliado em R$ 8 milhões, foi rasgado sete vezes durante os atos. Lula também receberá réplicas de obras de alunos.
Às 11h, haverá um ao público com a presença do presidente e de outras autoridades convidadas. Depois disso, haverá o quarto e último momento da cerimônia. Esse ato foi chamado de “Abraço da Democracia” e será realizado na Praça dos Três Poderes. O momento simbólico terá Lula e de autoridades descendo a rampa do Planalto e encontrando o público para um abraço.