BRASÍLIA - O relógio histórico Balthasar Martinot Boulle, vandalizado durante os atos contra as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, retornou nesta terça-feira (7) ao Palácio do Planalto. A peça histórica foi reparada na Suíça, juntamente com a caixa de André Boulle. O trabalho foi realizado por meio de Acordo de Cooperação Técnica com a Embaixada da Suíça.
De acordo com a Presidência da República, a obra histórica foi consertada pelo governo suíço sem custos para o Estado brasileiro, como previa o convênio assinado entre os dois países. Fabricada no século XVII, a relíquia foi um presente da corte sa para Dom João VI, então rei de Portugal, e veio para o Brasil em 1808, junto com a família real portuguesa.
O relógio histórico do século XVII, que foi uma das principais peças vandalizadas durante os atos de 8 de janeiro, ou por uma restauração de dois anos e retornou nesta terça-feira (7) ao Palácio do Planalto. A reinauguração ocorrerá nesta quarta-feira (8), com a presença do… pic.twitter.com/MUQTEeDlUP
— O Tempo (@otempo) January 7, 2025
O relógio será oficialmente recolocado em cerimônia a ser realizada nesta quarta-feira (8) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que relembrará os dois anos das invasões aos prédios públicos. O evento contará com ministros e autoridades dos Três Poderes.
A solenidade ainda vai reintegrar ao acervo do governo federal outras obras vandalizadas no 8 de janeiro, como uma ânfora, a obra As Mulatas, de Di Cavalcant, e as esculturas O Flautista e Galhos e Sombras.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o responsável pela destruição, o mecânico do interior de Goiás Antônio Cláudio Alves Ferreira, a 17 anos de prisão pelos crimes de:
- associação criminosa armada;
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.