BRASÍLIA - O ex-ministro do Turismo Gilson Machado esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante agenda em Natal, no Rio Grande do Norte, na quinta-feira (12), um dia antes de ser preso pela Polícia Federal (PF). Com outros aliados, eles almoçaram com influenciadores da direita em um projeto do Partido Liberal de viagem pelo país, chamado de Rota 22.
Os compromissos foram postados nas redes sociais do ex-ministro, desde a chegada do ex-presidente ao aeroporto da cidade. “Estamos chegando em Natal depois de quase 40 dias da crise que o ex-presidente teve no intestino, que foi feita a cirurgia de emergência. Eu estava ao lado dele e fiz questão de voltar agora para cá. Vou recebê-lo no aeroporto aqui em Natal”, disse em um vídeo.
Machado foi preso nesta sexta-feira (13) suspeito de integrar um plano de fuga do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, também alvo de operação nesta sexta-feira. A PF pediu na terça-feira (10) a abertura de uma investigação sobre o caso.
As informações são de que Machado agiu para tentar obter um aporte português para Cid. A intenção seria facilitar uma eventual saída do militar do país. Ele é réu na ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a suposta trama golpista após as eleições de 2022. A investigação também mira Bolsonaro e outros aliados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável ao início da apuração. Segundo indícios coletados pela PF, Gilson Machado foi em maio ao Consulado de Portugal em Recife, Pernambuco, onde mora, para viabilizar o aporte a Mauro Cid, mas sem sucesso.