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Nota do PT contraria equipe econômica e critica Banco Central 'bolsonarista'
O Partido dos Trabalhadores criticou a "direção bolsonarista" do BC, referindo-se ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto

BRASÍLIA - Nesta segunda-feira (17), o Partido dos Trabalhadores (PT) emitiu uma nota se posicionando contra propostas que preveem a desvinculação das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do salário mínimo, além de mudanças nas normas de gastos com Saúde e Educação.
"O Partido dos Trabalhadores reafirma seu compromisso com a manutenção dos pisos constitucionais da Saúde e da Educação, da política de aumento real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e benefícios da Previdência e Assistência Social", declarou o partido na nota.
Na mensagem, o PT argumenta que está sendo fabricada uma "inexistente crise fiscal" no país por "setores econômicos privilegiados, pela imprensa e por analistas de mercado".
A nota também reitera críticas à manutenção das taxas de juros no atual patamar pelo Banco Central, classificando-o como "bolsonarista". Na terça-feira (18), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado analisará uma proposta que transforma o Banco Central (BC) em uma empresa pública.
"Escancarada sabotagem ao crédito, ao investimento e às contas públicas, movida pela direção bolsonarista do Banco Central”, afirmou o partido.
"O que move essencialmente os ataques ao governo e à política econômica é a ganância dos que insistem em lançar sobre os ombros dos trabalhadores, dos aposentados e da maioria da população a sustentação do estado e das políticas públicas essenciais. É tirar dos pobres para manter privilégios dos ricos", afirma o partido.
A divulgação da nota coincide com discussões sobre uma revisão nos gastos públicos. Nesta mesma segunda-feira (17), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), saiu preocupado de uma reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO).
Durante o encontro, os ministros da área econômica e orçamentária apresentaram a ele o quadro fiscal do Brasil, destacando a análise do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as contas do primeiro ano de governo e sobre a magnitude dos gastos tributários.
O comunicado do PT foi divulgado após setores do mercado financeiro e empresariais aumentarem a pressão para que o governo realize cortes nos gastos.
A equipe econômica chegou a considerar a alteração nos pisos de Saúde e Educação para liberar recursos dessas áreas. No entanto, o presidente criticou essas propostas, afirmando que não realizará ajuste fiscal "em cima dos pobres".