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Lula remove embaixador do Brasil em Israel e o transfere para cargo na Suíça
O motivo da troca foi a recente crise entre os governos do Brasil e de Israel; o ime culminou em Lula sendo declarado 'persona non grata'

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, para ocupar o cargo de representante do Brasil junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (29). O motivo da troca foi a recente crise entre os governos brasileiro e israelense.
Meyer havia voltado para Tel Aviv na última sexta-feira (24), depois de quase três meses fora do país. Ele, no entanto, não reassumiu as funções diplomáticas. Com a mudança oficializada pelo Palácio do Planalto, o diplomata Fábio Moreira Farias, que é o número dois da embaixada, é quem responderá pelo escritório de representação brasileira em Israel.
Em fevereiro, Lula ordenou o retorno do embaixador Frederico Meyer ao Brasil em protesto ao sermão público feito por Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, no Museu do Holocausto em Jerusalém.
O caso ocorreu após o diplomata ser convocado pelas autoridades israelenses para explicar os comentários do chefe do Executivo brasileiro, que comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus durante o regime nazista de Adolf Hitler, entre 1933 e 1945.
Em resposta, ao lado de Frederico Meyer, Israel Katz declarou que o presidente brasileiro era "persona non grata" em Israel até se retratar e pedir desculpas.
O governo brasileiro não cedeu às demandas de desculpas e, em vez disso, chamou o embaixador Meyer de volta ao Brasil, suspendendo efetivamente as relações diplomáticas entre as duas nações. Nos dias seguintes, o chanceler israelense continuou insistindo que Lula deveria se retratar, o que não ocorreu.