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Governo Zema aposta em regimento para driblar oposição na ALMG
Governo espera por esgotamento do prazo para discussão dos vetos em pauta há uma semana nesta quarta (24), quando oposição perde força para obstruir votações

Diante da obstrução à pauta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) conduzida pelo bloco de oposição, o governo Romeu Zema (Novo) aguarda o esgotamento do prazo regimental para discutir os vetos parciais em pauta já há uma semana para retomar a agenda. Os esforços do Palácio Tiradentes estão concentrados para que os vetos parciais de Zema à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023 e ao Plano Plurianual 2020-2023 sejam votados entre esta quinta (25) e a próxima terça-feira (30).
A reunião ordinária realizada nesta terça (23) foi a quarta em que os vetos estiveram na pauta. Como reza o regimento da ALMG, nenhuma proposta pode permanecer na ordem do dia por mais de seis reuniões. “Amanhã (24) devem vencer as seis reuniões de discussão e nós entraremos em processo de votação dos dois vetos”, projeta o líder do governo, Gustavo Valadares (PMN). Já uma extraordinária, às 10h, e outra ordinária, às 14h, agendadas para esta quarta (24).
Com apenas 20 deputados, longe de ter quórum para formar maioria simples na ALMG, a oposição obstrui a pauta da ALMG desde a última quarta-feira (17). Quando anunciou a estratégia, o líder do bloco, Ulysses Gomes (PT), afirmou que os oposicionistas travariam a pauta até que o governo Zema encaminhasse à Casa a proposta de recomposição salarial para os servidores públicos. “Se não conseguirmos sinais, vamos obstruir também nas comissões”, salientou Ulysses.
Desde então, o governo, que enfrenta problemas para mobilizar a própria base nas últimas semanas, tem ligado para os deputados para que, mesmo com a obstrução, registrem presença para reunir os 26 parlamentares necessários para abrir as reuniões. Assim, o prazo de seis reuniões se esgotaria o mais rápido possível para que os vetos de Zema sejam votados e a pauta, destravada.
De acordo com Valadares, o objetivo é que, assim que os vetos parciais sejam vencidos, o governo levará novamente à pauta a extinção da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam). Encaminhado à Casa ainda em março ao lado da reforma istrativa e da transferência do Detran para a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, a proposta, que é tratada como prioritária pelo governo de Minas, sequer venceu o 1º turno na ALMG.
Por outro lado, o líder da minoria, Dr. Jean Freire (PT), afirmou que, apesar da estratégia do governo, a oposição manterá a obstrução. “Podemos entrar com requerimentos, podemos fazer de tudo para não dar quórum, podemos pedir recomposição de quórum etc., ou seja, tudo o que o regimento interno nos permitir na defesa dos servidores públicos. Nós estamos pedindo só o projeto de lei dando o aumento (aos servidores)”, reiterou o deputado.
A estratégia da oposição tem sido utilizar os 60 minutos a que tem direito cada deputado para discutir propostas de Emenda à Constituição, projetos de lei e vetos, como é o caso. Esgotadas as seis reuniões para discussão, os deputados poderão apenas fazer encaminhamentos, cujo limite é de 15 minutos.