O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou não só o primeiro escalão, como também os chefes dos Três Poderes para estarem em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2024, quando será realizado um ato conjunto no Congresso Nacional em defesa da democracia. Na ocasião, se completará um ano de quando os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvos de depredação por pessoas inconformadas com os resultados das eleições de 2022.

Durante café com jornalistas na Residência Oficial do Senado Federal, nesta sexta-feira (22), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contou que desmarcou até mesmo uma viagem familiar durante o recesso parlamentar a pedido do petista, que insistiu para que ele estivesse presente. O mesmo foi feito com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que na data também já teria outro compromisso marcado. 

Pacheco ainda explicou que irá conversar com o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), sobre retirar as grades de segurança em volta dos prédios do Legislativo. No início da conversa com profissionais da imprensa do país, o senador ainda lembrou da data em 2023, e em um gesto de aproximação das Forças Armadas, disse que enquanto instituições, foram muito importantes para que as manifestações não escalassem ainda mais. 

“Quando eu assumi a presidência do Senado, em 2021, senti na pele a insatisfação, o desagrado, o ódio das pessoas em relação às instituições ao sistema que eles chamam, em relação às figuras públicas, e isso foi escalando de tal modo que manifestações que até então era pacíficas foram, na verdade, agressões à democracia de maneira muito grave”.

“O papel do Congresso Nacional não foi só importante na contenção e no repúdio desse acontecimento de 8 de janeiro, um instrumento pelo qual é possível se punir essas pessoas hoje foi concebido no Legislativo com a Lei do Estado Democrático de Direito, que revogou a Lei de Segurança Nacional e incluiu no Código Penal tipos penais que significam em última análise a possibilidade que essas pessoas sejam presas pelo que fizeram”, concluiu Pacheco. 

No final do encontro com jornalistas, Pacheco ainda entregou a eles cópias da Constituição Federal num sinal de apreço à democracia. Em 8 de janeiro de 2023, manifestantes contrários ao resultado eleitoral que acampavam em frente ao Quartel-General do Exército na capital federal, se deslocaram para a Esplanada dos Ministérios e destruíram os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Muitos foram presos e alvo de ações na Justiça. Até agora, 30 pessoas foram condenadas pelo STF.