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Réu por tentar explodir bomba foi assessor na gestão de Damares
Wellington Macedo de Souza, acusado de levar explosivo até a região do aeroporto da capital trabalhou no governo Bolsonaro por oito meses

O jornalista Wellington Macedo de Souza, que foi transformado em réu pela Justiça por tentar explodir uma bomba no aeroporto de Brasília na véspera do natal, foi assessor no antigo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, na gestão da senadora eleita Damares Alves (PR-DF). Ele teria sido responsável por dirigir o carro que tentou levar o explosivo para o aeroporto de Brasília e sua presença no local foi confirmada pelo rastreamento da tornozeleira eletrônica que usava no dia do atentado. Ele está foragido.
Moradores de Sobra (CE), ele ocupou o cargo de assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do ministério da Mulher , Família e Direitos Humanos entre fevereiro e outubro de 2019, quando Damares ocupava a pasta.
Candidato a deputado federal pelo PTB nas últimas eleições, ele já havia sido preso em setembro de 2021, acusado de articular e financiar um ato no dia 7 de Setembro com pedidos de intervenção militar. Na época, ele alegou que estava apenas fazendo coberturas dos eventos de forma independente. Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Macedo, que ou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
No dia 12 de dezembro deste ano, o ex-assessor foi visto junto aos terroristas que tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília e que incendiaram carros e ônibus na capital federal. No dia 24 de dezembro, segundo a ação penal já aceita pela 8ª Vara Criminal de Brasília, Wellington Macedo e Alan Diego dos Santos foram até o aeroporto e deixaram uma bomba em um caminhão-tanque com combustível de aviação. O material havia sido preparado por outro réu, George Washington de Oliveira Souza, este já preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, e que confessou o crime.
Procurada pela reportagem para comentar o caso, a senadora eleita Damares Alves não havia atendido as ligações até o início da tarde desta segunda-feira (16). Se houver uma reposta ela será incluída neste texto.
Em suas redes sociais, porém, Damares falou sobre o assunto, confirmou que ele "prestou serviços no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, entre janeiro e outubro de 2019, quando foi exonerado do cargo".
"O referido jornalista não era meu assessor direto. Trabalhou na área de comunicação da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que, inclusive, funcionava em prédio diferente do Gabinete Ministerial. Repudio todas as tentativas levianas de associar minha imagem às ações dele e/ou do grupo ao qual faz parte. Que todos as denúncias sejam devidamente apuradas e que os culpados por atos ilegais sejam processados e julgados, nos termos da lei", afirmou Damares.
Ela completou que sempre foi "defensora da democracia". "Condeno atos de vandalismo, depredação do patrimônio público e de violência que coloque em risco a vida humana ou a sua integridade física", afirmou.
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