INVESTIGAÇÃO

Na sala de Bolsonaro, PF encontra documento que anuncia estado de sítio

Apreensão faz parte da operação que investiga grupo que supostamente teria tramado golpe de Estado no país

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 08 de fevereiro de 2024 | 21:12

A Polícia Federal encontrou, na sala onde trabalha o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na sede do PL, em Brasília, um documento que defende e decreta estado de sítio e operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no país. A informação é do portal g1.

A busca faz parte da operação, deflagrada nesta quinta-feira (8), que investiga a suposta tentativa de Bolsonaro, ex-ministros e ex-auxiliares de tramar um golpe de Estado no país após as eleições de 2022.

O documento, que não é assinado, é uma espécie de discurso afirmando que o decreto estaria  “dentro das quatro linhas da Constituição”, mesmo significando uma ruptura institucional, e alega que se trataria de “restaurar” o Estado Democrático de Direito.

“Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, diz o texto.

Segundo o g1, há, ainda, um trecho que cita o filósofo Aristóteles e fala em resistir a “leis injustas” como um princípio do Iluminismo.

Na mesma operação, a PF encontrou outra minuta de caráter golpista que pedia a prisão dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Posteriormente, após uma conversa com Bolsonaro, os nomes de Gilmar e Pacheco teriam sido retirados do documento.