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Sem Lira, Elmar encontra Padilha por apoio do Planalto para eleição da presidência da Câmara
Presidente Lula disse a interlocutores que não interferirá na disputa; mas, governo tende a apoiar, informalmente, candidatura de Hugo Motta
BRASÍLIA — Candidato à presidência da Câmara dos Deputados, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), esteve nessa terça-feira (10) com o ministro Alexandre Padilha, que cuida da articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Abandonado pelo aliado e presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Elmar busca consolidar o apoio à própria candidatura entre os deputados da base e com o próprio Palácio do Planalto.
Ainda participaram do encontro os ministros Juscelino Filho, das Comunicações, e Celso Sabino, do Turismo, que cumprem a cota do União Brasil na Esplanada dos Ministérios.
A expectativa é que Elmar também se encontre com o presidente Lula nos próximos dias; entretanto, o petista antecipou aos líderes do governo na Câmara que não se intrometerá na disputa.
Em paralelo às reuniões que Elmar Nascimento têm feito para consolidar o apoio do governo ao próprio nome no pleito, o União Brasil também se movimenta na Câmara dos Deputados.
Nesta terça, o partido se uniu à base para obstruir a pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e impedir a leitura do relatório do Projeto de Lei (PL) que anistia os presos do 8 de Janeiro.
O gesto do União Brasil foi visto como um aceno da bancada aos partidos aliados ao governo Lula nessa tentativa de consolidar o nome de Elmar como o candidato apoiado pelo Planalto.
PL se prepara para apoiar Hugo Motta, que recebeu aval de Lula
O projeto de lei que anistia os presos do 8 de Janeiro é, hoje, a principal pauta da oposição na Câmara dos Deputados. Os deputados do PL têm se unido em ofensiva pela aprovação da proposta na CCJ.
O candidato do Republicanos à presidência da Câmara, Hugo Motta (SE), deve angariar o apoio público de Arthur Lira (PP-AL) e também do PL. O líder Altineu Côrtes (PL) indicou que o partido votará no candidato de Lira, que ainda receberá a chancela do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
O PP, aliás, é o principal apoiador de Motta e lançou mão de uma estratégia para pavimentar o caminho dele com a bancada do PL.
Na véspera do início da sessão da CCJ de terça-feira (10), quando seria lido o relatório do PL da Anistia, o PP trocou os deputados mais alinhados ao governo por parlamentares que votam com a oposição. O gesto é interpretado como o apoio de Motta às propostas ideológicas que são caras ao PL.