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Pensão à filha de jovem morta em abordagem da PM levará advogado geral de Zema à ALMG
A audiência pública com Sérgio Pessoa de Paula Castro, convocado por iniciativa de 3 deputadas, está prevista para a próxima sexta-feira (30 de maio), às 16h
A ausência do pagamento de pensão alimentícia à filha de uma jovem de 18 anos morta em uma abordagem da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) em Governador Valadares, Rio Doce, levou o advogado geral do Estado, Sérgio Pessoa de Paula Castro, a ser convocado a ir à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A audiência pública está prevista para a próxima sexta-feira (30 de maio), às 16h, na Comissão de Direitos Humanos.
Thainara Vitória Francisco Santos morreu em novembro de 2024 ao tentar defender o irmão autista durante uma abordagem da PMMG em sua casa, no bairro Vila dos Montes. A presença dos policiais militares teria irritado o seu irmão. A morte de Thainara, que, de acordo com moradores, não teria resistido à força imposta pelos militares que estavam à procura de um adolescente suspeito de homicídio, ainda é investigada pela Polícia Civil.
Em fevereiro, a 2ª Vara Cível de Governador Valadares determinou que o governo Romeu Zema (Novo) pagasse, de forma provisória, uma pensão alimentícia avaliada em um salário-mínimo, R$ 1.518, à filha de Thainara, que tem cinco anos. Entretanto, o governo, que, por meio da Advocacia Geral do Estado (AGE), chegou a recorrer ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) contra a decisão, mas sem sucesso, teria descumprido a indenização.
A presidente da Comissão de Direitos Humanos, Bella Gonçalves (PSOL), que, ao lado das deputadas estaduais Beatriz Cerqueira (PT) e Lohanna (PV), propôs a convocação de Castro, afirmou que o advogado geral do Estado não foi localizado pela Justiça ao ser intimado. “Por que o governo Zema não quer pagar pensão alimentícia para a família da Thainara? Por que até hoje nós não tivemos a conclusão do inquérito sobre a morte da Thainara?”, questionou Bella.
Prevista no regimento interno da ALMG, a convocação é um instrumento de agravo contra autoridades do Estado, que, usualmente, são convidados a ir a audiências públicas. Caso descumpra a convocação e não justifique, em três dias, a ausência, com a sugestão de nova data e horário para a ir à Comissão de Direitos Humanos, Castro irá incorrer em crime de responsabilidade.
Castro é o segundo membro do primeiro escalão de Zema a ser convocado para ir à ALMG apenas em 2025. Em fevereiro, o presidente da Cemig, Reynaldo anezi Filho, chegou a ser intimado a ir até à Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social para esclarecer o reajuste de 60,5% do plano de saúde de servidores ativos e aposentados da empresa. Entretanto, após uma articulação do governo, a convocação foi transformada em um convite.
O TEMPO questionou ao governo Zema por que a decisão da 2ª Vara Cível de Governador Valadares foi descumprida e se o advogado estará presente na Comissão de Direitos Humanos na próxima sexta-feira e aguarda retorno. Tão logo o Palácio Tiradentes se posicione, a manifestação será acrescentada. O espaço segue aberto.