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Pré-candidato à presidência, Zema prega aliança da direita em 2026
Governador de Minas comentou sobre as articulações políticas para próximo ano durante abertura da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em Brasília
BRASÍLIA - Um dos nomes cotados para concorrer à Presidência da República em 2026, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defende uma aliança da direita para as próximas eleições majoritárias. Na avaliação do chefe do Executivo mineiro, não seria inviável o espectro político lançar mais de um candidato, desde que, no segundo turno, ocorra uma união para derrotar a esquerda, encabeçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Zema comentou sobre as articulações em entrevista coletiva após a abertura da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios nesta terça-feira (20 de maio), promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em Brasília.
O governador afirma que pretende participar ativamente do movimento da direita no próximo ano para buscar “tirar o PT” do poder. Para Zema, esta união estaria ganhando forças no cenário político. Questionado sobre um possível encontro com o ex-presidente Michel Temer (MDB), que tem feito movimentações para articular candidatos de centro-direita em 2026, Zema se limitou a dizer que o Brasil tem bons nomes para disputar o pleito.
“Eu não vejo que o movimento fica inviável se tivermos dois ou três nomes na direita, mas no segundo turno, precisa caminhar junto. Eu tenho certeza que vai caminhar junto. Esse movimento, pelo que eu tenho acompanhado, só tem crescido, e todos os estados governados pela direita no Brasil estão dando muito mais certo do que os estados governados pela esquerda”, diz o governador.
Até então, Zema diz que os nomes são “cogitações”, mas que há conversas entre os partidos que devem definir os rumos do próximo pleito. Além do governador de Minas, outros chefes de Executivos estaduais disputam o espólio eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível. São eles: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Ratinho Jr (PSD), do Paraná.
“Todos nós da direita temos um objetivo em comum, que é termos um governo sério em Brasília, um governo sem corrupção, um governo que não tem o que esconder, um governo que não fique perseguindo seus adversários, e, sim, um governo que tenha projetos estruturantes para o futuro”, defende Zema.
PEC da Segurança
Durante a entrevista, o governador Romeu Zema também criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada por Lula, que traz mudanças na estrutura da segurança pública no Brasil. Para o chefe do Executivo mineiro, a PEC da Segurança poderia ser “mais simples e efetiva”, considerando que, na forma em que foi protocolada, não trataria da origem do problema envolvendo segurança no país.
“A PEC da Segurança não vai resolver em praticamente nada o que nós precisamos. Nós precisamos no Brasil de mudança legal que faça com que o criminoso fique atrás das grades. Lá em Belo Horizonte, nós temos lá uma pessoa que já roubou, furtou 88 telefones celulares. Deve estar furtando o 89º hoje, vai ser preso hoje, amanhã, e vai ser solto depois de amanhã. A PEC não trata disso”, afirma.
Nessa segunda-feira (19 de maio), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovará a PEC da Segurança antes do recesso parlamentar. Ele antecipou ainda, que instalará a comissão especial para analisar a proposta.