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Unidade para resgatar o brilho de BH
Diálogo é o caminho para derrotar a extrema direita

O xadrez eleitoral para as eleições à Prefeitura de Belo Horizonte é um dos mais complexos do país. Faltando menos de dois meses para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral, o grau de incerteza sobre a conjuntura deixa a população insegura. Até o momento, temos ao menos 14 pré-candidatos e pesquisas eleitorais que apresentam resultados absolutamente diferentes entre si.
Nesse contexto de indefinições, há uma certeza: o grande risco de ter um candidato de Bolsonaro e outro de Tarcísio no segundo turno e o eleitor precisar decidir entre o “bolsonarismo puro” e o “bolsonarismo paulista”. O campo democrático e progressista pode não estar no segundo turno das eleições pela divisão das candidaturas.
Essa constatação exige movimentações sérias e comprometidas com o projeto político que queremos para a nossa cidade. Precisamos de articulações locais e nacionais para ter chances de vencer em Belo Horizonte, que também é uma capital estratégica para as eleições de 2026.
Por isso, estive em Brasília, na última semana, com o presidente Lula. Ele é a maior liderança viva da América Latina e o responsável por articular uma unidade democrática que tornou possível vencer Jair Bolsonaro nas urnas e sair daquele cenário nacional tenebroso. Lula também tem papel fundamental nas eleições de BH e convidou nosso partido, o PSOL, e também o PT para conversar sobre a importância da unidade das nossas federações ainda em primeiro turno.
A forma como essa unidade será concretizada ainda está sendo definida, mas tal unidade vai construir a nossa condição de vitória nas eleições. Teremos uma frente de pelo menos cinco partidos, que deve também se tornar um polo de aglutinação do campo progressista e democrático, atraindo outros partidos e movimentos sociais.
Projeto de cidade
Em novembro do ano ado lancei minha pré-candidatura com o desejo de resgatar o brilho da cidade, priorizando a construção de políticas públicas inovadoras para enfrentar a fome, a falta de moradia, o trânsito caótico, a violência contra as mulheres e a crise ambiental. Debatemos as reais necessidades das periferias com iniciativas como o Orçamento na Quebrada, no qual moradores definiram projetos prioritários nas suas comunidades, e as Caravanas nas Periferias, que percorreram territórios ouvindo as necessidades das pessoas. É esse o nosso jeito de fazer política: com diálogo, com construção popular e com a ousadia de fazer diferente.
Também lutamos para que BH possa ter mais mulheres na política, projetando para os próximos anos o sonho de eleger a primeira prefeita da nossa cidade. Além do Executivo, precisamos ampliar a representatividade e ter mais mulheres de luta, de quebrada, negras, mães e LGBTs na Câmara de Vereadores.
Seguimos no caminho para resgatar as potências de BH e enfrentar a política do menos pior. O diálogo sempre foi parte da nossa estratégia, e a construção de uma coalizão mais popular e democrática permitirá uma alternativa real que combata a extrema direita e que permita votar em um projeto de cidade no qual realmente acreditamos.
Quando o cenário está incerto, como é o caso das eleições em BH, quem se articula sai na frente. O momento nos exige sabedoria e diálogo, como ensina o presidente Lula. É esse diálogo que vai tornar possível a vitória eleitoral de uma frente progressista e a derrota do fascismo nas urnas.
Seguiremos discutindo projetos de cidade que tragam as periferias para o centro do orçamento e ampliem a participação do povo. Gente é pra brilhar, não é pra morrer de fome, como diz o poeta, e sabemos que, com a unidade do campo democrático, BH pode brilhar mais!
BELLA GONÇALVES
Deputada Estadual de Minas (PSOL)