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Setor de construção e edificações é responsável por 21% das emissões globais de gases de efeito estufa
Para o presidente do Conselho Consultivo da Cbic, empresas já são cobradas por adaptação e isso faz com que os empreendimentos fiquem mais caros

O setor de edificações e construções é responsável por cerca de 21% das emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE), que têm contribuído significativamente para as alterações climáticas globais. É o que aponta o Relatório de Status Global 2021 para Edifícios e Construções, do Programa das nações Unidas para o Meio Ambiente.
Uma das causas para este problema que afeta o planeta com consequências que podem ser irreversíveis é que, de acordo com o presidente do Conselho Consultivo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o setor da construção civil acabou ficando para trás na transição sustentável, em relação aos outros setores da economia. E, agora, precisa correr para se adequar às mudanças.
“Hoje no exterior – e nós seremos eles amanhã – quando você vai tirar um alvará de construção precisa apresentar o seu balanço de emissões, o quanto você vai emitir e precisa zerar essas emissões. Para isso, tem duas formas. Você pode fazer parte da obra em madeira, e captura do ar parte aquilo que você necessariamente vai ter que usar de materiais que emitem. Ou então você vai ter que comprar certificados de emissão de carbono, o que pode tornar seu empreendimento mais caro”, explica o especialista.
Mudança cultural
Para Martins, além da sensibilização das empresas, é preciso uma transformação cultural da sociedade. “Precisamos ter um mercado que compre e perceba agregação de valor da sustentabilidade A transformação cultural sempre é lenta, mas ela tem que ser com muita força, com muita decisão e muita firmeza, para que a gente mude esse jogo. E tenho certeza de que não vai demorar muito”, reforça o presidente do Conselho Consultivo da Cbic.
Siderúrgica cria vergalhão menos poluente
Com o compromisso de alcançar suas metas de redução de emissões, a ArcelorMittal, por exemplo, criou o vergalhão 50 SXCarb, feito com aço de baixa pegada de carbono, produzido especialmente nas usinas da empresa do Brasil.
Esse material, lançado no final de 2022, utiliza como matéria-prima 100% de sucata metálica. E, em todas as etapas da sua fabricação, usa apenas energia elétrica.
O resultado é uma redução de 64% nas emissões dos gases de efeito estufa, em comparação com o processo de produção do vergalhão convencional da empresa.
De acordo com o gerente de Inovação e Desenvolvimento de Produtos da ArcelorMittal, Antônio Paulo Pereira Filho, a qualidade técnica é a mesma alcançada pelo CA50 – modelo tradicional da empresa no Brasil, com a vantagem de ser bem menos poluente.
“Um dos eixos estratégicos que a empresa adota como premissa é a oferta de soluções inovadoras, buscando garantir o foco do cliente e enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável”, comenta.
O novo vergalhão faz parte do XCarb, programa global da ArcelorMittal, que possui várias iniciativas inovadoras que visam impulsionar o alcance das metas da empresa para redução e neutralidade das emissões nas operações até 2050.