A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) divulgou na tarde desta quinta-feira (23) um balanço financeiro provocado pela greve do metrô de Belo Horizonte, que teve início em 14 de fevereiro, às vésperas do Carnaval. De acordo com a empresa, o prejuízo estimado é de R$ 6 milhões.

Desde que o movimento começou, todas as estações estão fechadas, mesmo havendo uma liminar proferida pelo vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Dr. César Pereira da Silva Machado Júnior, que determina o funcionamento de 70% dos trens durante a greve.

“A Companhia estima um prejuízo de R$ 6 milhões, levando em conta, inclusive o período de Carnaval”, afirmou em nota. Durante a folia deste ano, a população teve que buscar outras alternativas para se deslocar até os blocos, visto que o transporte sobre trilhos estava inoperante. O TEMPO conversou com foliões que relataram gastos elevados para conseguir chegar aos locais da festa. 

No Carnaval de 2020, o último antes da pandemia de Covid-19, o metrô transportou 800 mil usuários em todo o sistema, de sexta a terça-feira. “Só a estação Central recebeu mais de 150 mil ageiros”, informou a companhia.  

'Greve irresponsável'

A greve dos metroviários é considerada como “política e irresponsável” pela CBTU. “O movimento traz prejuízos à coletividade em relação ao direito de ir e vir dos usuários, às repercussões econômicas e sociais, além do risco à segurança da população”. A companhia ressaltou que segue tomadas todas as providências possíveis para restabelecer a operação dos trens. 

O movimento grevista segue na capital mineira após assembleia nessa quarta-feira (22). Uma nova reunião entre o sindicato dos metroviários e os trabalhadores está marcada para o sábado (25).