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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Às vésperas da estreia em Roland-Garros, Fernando Romboli celebra “ano mágico” e projeta objetivos

Brasileiro de 36 anos conquistou o ATP 250 de Houston e quer terminar 2025 entre os 40 melhores do mundo nas duplas

Por Viciados no Tennis
Atualizado em 28 de maio de 2025 | 13:41

O tenista brasileiro Fernando Romboli, de 36 anos, vive em 2025 a melhor fase de sua carreira. Às vésperas de estrear em Roland-Garros, o carioca cedeu uma entrevista exclusiva ao Viciados no Tennis, em que fez um balanço do seu “ano mágico” e projetou objetivos ambiciosos para a sequência da temporada.

“Foi um começo de ano muito bom”, disse Romboli em entrevista. “Fui pra Austrália e acabei perdendo na primeira rodada, mas depois, nos Challengers, engatei uma boa sequência: fui vice em Piracicaba (SP) e campeão em Rosário”

A maré positiva se estendeu para os grandes torneios. Romboli avançou às quartas no Rio Open e chegou à final em Córdoba. Mas foi em Indian Weels que colocou o seu nome de vez na lista dos grandes tenistas do ano. Aos 36 anos, Romboli entrou para a disputa na posição 82 do mundo. Antes, ele acumulava apenas um título de ATP, em Umag, na Croácia, em 2021.

Depois de entrar como alternate, ao lado de seu parceiro australiano John-Patrick Smith alcançou a semifinal, um dos resultados mais expressivos de sua trajetória. “Esse resultado me deu um salto importante no ranking, fui pra 60 do mundo, 65 mais ou menos.”

Nesse sentido, ele analisa que esse salto foi fruto de muito trabalho. 

“Acho que é o resultado de tudo, né? Um acúmulo de anos fazendo o trabalho certo. Sempre falei que esses resultados poderiam ter vindo três anos atrás, ou poderiam vir daqui a dois. É uma questão de estar ali, todo dia, fazendo o trabalho, seguindo os objetivos certos”, disse. 

Na sequência do Masters 1000 dos EUA, veio a consagração com o título do ATP 250 de Houston, nos Estados Unidos.

Por isso, encontrar um parceiro ideal foi fundamental para conseguir chegar às finais e aos títulos:

"Claro, a parceria fixa faz muita diferença. É algo que eu buscava há anos. Já tinha tentado com outros parceiros — a gente sempre tenta — mas nem sempre dá certo. E dessa vez deu certo. E não digo só em resultados, porque às vezes os resultados vêm, mas a parceria em si não funciona. Com o JP (australiano John-Patrick Smith), foi diferente: mesmo antes dos bons resultados, a gente já sentia que a parceria funcionava bem. E os resultados vieram naturalmente. Foi ótimo", afirmou.

Atualmente, JP Smith está na posição 62 nas duplas. Ele já ocupou a 52 em 2017. 

Estreia em Roland-Garros

A parceria Brasil/Austrália estreia em Roland-Garros contra os gregos Petros e Stefanos Tsitsipas nesta quinta-feira (29), com horário indefinido. Para o Grand Slam francês, Romboli mantém os pés no chão, mas demonstra confiança. “A estreia é dura — contra um simplista e um duplista. Mas estou confiante no trabalho que venho fazendo com meu parceiro. Sinto que a gente pode ter uma semana longa aqui”, avaliou. “Penso jogo a jogo. Nem olho a chave inteira.”

Objetivos para a temporada

Quando o assunto é o que espera de 2025, Romboli traça metas claras. “Título é difícil dizer, né? Claro que ganhar um ATP 500 seria incrível, mas o que eu coloco como objetivo mesmo é terminar o ano entre os 40 do mundo e entre as 13 melhores duplas do ranking”, afirmou. A meta garantiria vaga nos principais torneios da temporada seguinte. “Isso daria o para jogar todos os primeiros cinco Masters 1000 do ano que vem.”

Com experiência, perseverança e uma temporada de resultados consistentes, Fernando Romboli chega a Paris como um nome a ser observado — e sonha alto com uma reta final de ano que consolide de vez seu lugar entre os principais duplistas do circuito.