A bola nem tinha rolado quando, no domingo, eu soltei um grito de “gol do Galo”. É que a torcida começava a entrar na Arena MRV e já dava pra concluir que a acústica do estádio melhorou (e muito). Que alívio! Dava uma agonia gigantesca ver o estádio abafando a cantoria da Massa desde a inauguração.

O gramado foi outra grande notícia. Agora, temos um tapetinho pra chamar de nosso. Se é melhor ou pior do que o gramado natural eu não sei, mas é bem mais prazeroso ver um jogo de futebol com a bola correndo sem dificuldade e sem montinho artilheiro. Todos os times que jogam em grama sintética são bons mandantes, e tenho certeza que nós também seremos.

Falta pouco pra nossa casa ser a grande aliada que pode (e precisa) ser. Construir a Arena foi um marco na história do Atlético, mas nos primeiros anos ela não fez tanta diferença a nosso favor. Precisa fazer. Pra isso, precisamos aumentar a sintonia entre campo e arquibancada e, claro, precisamos que os nossos atletas se adaptem ao terreno de jogo.

Sobre a sintonia, a diretoria do Galo bem que poderia fazer uma gracinha nos preços, né? Acabamos de voltar pra casa, o torcedor ainda não está totalmente convencido sobre o atual time. Precisamos lotar a Arena. A conexão, hoje, deve ser prioridade - acima do lucro. Se tudo der certo e o time voltar a ter uma sequência de bons resultados, brigando por coisas grandes, aí o ticket médio sobe de novo. Faz parte, todo mundo sabe.

Sobre a adaptação, espero que o Atlético use e abuse de treinamentos na Arena. É claro que a sequência de jogos vai resolvendo o problema, mas a casa é nossa. Temos a chave, e o gramado sintético que existe no CT não tem nada a ver com o do estádio. Assim como a comissão de Cuca fez nos dias que antecederam a partida contra o Fluminense, deveria fazer, ao meu ver, nas próximas semanas.

Já já, espero eu, veremos a Arena lotada de novo, com o time jogando bem ali. Nesse cenário, vai ser difícil bater o Galo no nosso terreiro. Amém.

Saudações.