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Bruno Voloch

Carioca, formado em jornalismo, com mais de 30 anos de atuação na área em diferentes veículos de comunicação como televisão, rádio, jornal e internet

HAJA INOCÊNCIA

Alívio temporário: nada é definitivo na seleção masculina

O fim do Senado parece verdade quando a gente esquece de acordar

Por Bruno Voloch
Atualizado em 15 de maio de 2025 | 08:04

O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Ser burro não é defeito, o defeito está em permanecer burro.

Haja inocência.

As ausências de Bruno e Lucão da lista oficial da VNL não representam, ainda, o fim do Senado.

A tão sonhada necessária renovação engatinha e caminha a os lentos.

O único bom sinal na prática é o fim da era Thales como líbero. 

O estranho retorno do competente Marcelo Fronckowiak, oposição e que não era primeira opção de Bernardinho, exige cautela.

Mas o Senado, ninguém se iluda, ainda ameaça o novo ciclo olímpico.

As declarações dos envolvidos após a vergonhosa campanha nos jogos de Paris em 2024 deixaram duvidas no ar. E foi essa exatamente essa a intenção, ou alguém acreditou na conversa fiada de aposentadoria?

Colocar ponto final na relação é o que Leal fez.

Então, não será surpresa se um deles reaparecer para a disputa do Mundial nas Filipinas.

Lucão já disse 'não' oficialmente para 2025.

Aliás, verdade seja dita. É preciso separar as coisas.

Se fosse o jogador comprometido e dedicado que defendeu o Sada/Cruzeiro na última temporada, a seleção ganharia um ótimo reforço. 

Acontece que Lucão no time é um jogador, quando veste a camisa do Brasil, é outro.

Bruno usa o tom de mistério, característica peculiar.

Só quem não conhece os bastidores da seleção de Bernardinho para acreditar nos recentes discursos.

O levantador ficará distante entre aspas, mas sempre informado e acompanhando os movimentos internos. 

O resultado e consequentemente o aproveitamento do Brasil na VNL é que decidirá os próximos os do Senado.

Se a seleção apresentar bons números, leia-se os levantadores decolando, a coisa fica do jeito que está para o Mundial.

Agora se o Brasil repetir o fracasso de 2024 na VNL, a volta triunfante poderá ser articulada, como o patrão fez.

O teatro na seleção masculina possibilita viver a bruxa e a princesa, o bem e o mal, o feliz e o triste.

A seleção masculina, não é de hoje, funciona como um jogo de cartas marcadas.

A renovação, exigida e fundamental para trazer o Brasil de volta aos primeiros lugares, não saiu completamente do papel e é travada por quem não larga o osso.

Há de fato bons e interessantes nomes chegando.

Mas o que vale para o feminino, vale para o masculino.

Superliga é uma coisa, VNL é outra.

É aquilo: o sonho do fim do Senado parece verdade quando a gente esquece de acordar.