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CBV e Federação do Rio burlam regulamento e favorecem Flamengo na Superliga C
Entidades aprovam inscrição de duas jogadoras acima de 21 anos, infringindo regras da competição
Vergonha pouca é bobagem.
O caso aconteceu recentemente na Superliga C.
O Flamengo, que tem indiscutível ligação com o Sesc desde 2020, independentemente do CNPJ, tem vínculo com um clube que disputa a elite da Superliga.
Sendo assim, deveria seguir o critério descrito no parágrafo 1 do regulamento da famigerada competição que menciona:
“Será permitida apenas a participação de atletas sub-21, ou seja, atletas nascidos até 2004.”
Mas não foi o que aconteceu na competição.
O blog apurou que o Flamengo, aliado da CBV por razões óbvias, inscreveu duas atletas adultas em 24/09/2024, às vésperas do fim das inscrições.
Ambas jogaram quase todos os jogos.
São elas Rebeca Bispo da Silva Medeiros - Nascimento: 23/09/1991 – 33 anos e Juliana Becker Pires Vaz – Nascimento: 24/03/1997 – 27 anos.
O blog traz os documentos devidamente assinado pelo presidente da Federação comprovando a armação entre CBV e Flamengo.
Outro fato curioso nessa competição é em relação ao delegado que esteve presente nos jogos.
Sérgio (conhecido como Serjão) da Federação de Vôlei do Rio de Janeiro é pai da atleta Talita Gonçalves (líbero titular do Flamengo), evidenciado claro conflito de interesses nessa situação.
Ou não?
No último jogo da etapa do Rio no dia 12/10, o Flamengo jogou contra a equipe da Realizar Santos Fupes (SP) e necessitava ganhar a partida para poder ficar com o título.
A partida começou com a vitória do Flamengo no 1º set, mas no início do 2º set Talita (líbero e filha do delegado da partida) teve um choque com uma outra atleta do Flamengo em quadra e desmaiou.
Lamentável.
Após ser atendida em quadra, ela acordou, foi retirada de quadra e levada para a ambulância que estava do lado de fora.
A partir daí, o Flamengo se desestabilizou e perdeu o segundo set de virada para a equipe paulista.
Para surpresa de todos, após o término do 2º set, Sérgio (delegado da partida) em conjunto com o João Pântano (responsável do Flamengo), decidiram interromper a partida, alegando que a ambulância precisava levar a Talita para o hospital e com isso o jogo não poderia continuar porque o Flamengo não tinha como arcar com os custos de outra ambulância para substituir aquela que estava no local.
Como assim?
A demonstração de ineficiência fica evidenciada porque além do jogo da Superliga C, estava acontecendo também uma partida de futebol da Taça Guanabara Sub-15 no campo, segundo a denúncia.
Nesse caso, se tivéssemos mais de um atleta necessitando de ambulância ao mesmo tempo, não seria possível realizar atendimento adequado aos atletas.
Certo?
Para a CBV e a Federação do Rio, sim.
A partida da Superliga C ficou interrompida por aproximadamente uma hora até o retorno da ambulância.
O episódio comprometeu o andamento da partida, com prejuízo principalmente para a equipe paulista que havia acabado de vencer o segundo set.
O roteiro final dá para imaginar e o resultado idem.
A revolta é geral.
Todos os times participantes da etapa da Região Sudeste entraram com representação na CBV pedindo a desclassificação imediata do Flamengo.
O que fez a CBV?
A entidade, mesmo recheada de provas, simplesmente ignorou os fatos concretos e confirmou a vaga.
Claro.
Precisa dizer mais alguma coisa?