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Justiça condena flamenguista a 14 anos de prisão por morte de torcedora do Palmeiras

O julgamento terminou com quatro votos a favor da condenação por homicídio doloso e três contrários

Por Lance
Publicado em 20 de maio de 2025 | 16:29

Jonathan Messias Santos da Silva foi condenado no início da tarde desta terça-feira (20) a 14 anos de prisão pela morte de Gabriela Anelli, em 2023, ocorrida antes do duelo entre Palmeiras e Flamengo, na Rua Padre Antônio Tomás, nos arredores do Allianz Parque, em partida válida pelo Brasileirão. A decisão foi proferida pela juíza Isadota Botti Beraldo Moro.

O julgamento terminou com quatro votos favoráveis à condenação por homicídio doloso, contra três votos contrários. A defesa do réu, que estava detido preventivamente desde agosto do ano ado, informou que irá recorrer da decisão.

A defesa de Jonatha sustenta que não há provas concretas — como filmagens ou testemunhas — que o acusem diretamente de ser o autor do crime. Ele, no entanto, declarou de forma emotiva que atirou uma garrafa na direção onde Gabriela estava, mas disse não saber se foi a mesma que a atingiu.

Ontem, oito testemunhas foram ouvidas, sendo quatro da defesa e quatro da acusação, pela Juíza Isadora Botti Beraldo Moro e os integrantes do Júri.

Justiça condena flamenguista a 14 anos de presão por morte de torcedora do Palmeiras
Gabriela Anelli morreu em 2023. (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Relembre o caso

Na Rua Padre Antônio Tomás, próximo à divisão entre as torcidas mandante e visitante, Gabriela Anelli foi atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro no pescoço. Na sequência, a jovem foi encaminhada para a Santa Casa, na região central da capital. Já sob cuidados médicos, Anelli sofreu duas paradas cardíacas e, dois dias depois, faleceu devido a uma "hemorragia aguda externa traumática".

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o suspeito foi identificado através de câmeras de segurança na região, que mostraram o rosto de Jonathan com auxílio de drones e do Instituto de Criminalística (IC) da cidade.

— Eu agradeço pela oportunidade de pedir justiça. (…) Quem conheceu a Gabriela jamais vai esquecer quem ela era. É difícil falar dela. O júri está bem próximo, é nos dias 19 e 20 de maio. Meu pedido é de justiça, não só para mim, mas para todas as mães. Aprendi com o luto uma questão de amor incondicional. A gente, quando é mãe, ama. Mas, quando a gente perde… nós não temos noção do que é um amor de verdade. Não temos de volta esse amor — disse Dilcilene. mão de Gabriela Anelli, em entrevista ao Lance!.

Desde o fim do ano ado, os pais de Gabriela Anelli aram a morar em Curitiba com o filho, nora e os dois netos. Por conta do julgamento, viajaram para a capital paulista para acompanhar de perto a decisão.