-
Adversário do Atlético, Bucaramanga tem ex-Galo e velhos conhecidos do futebol brasileiro
-
Hulk responde por que não bate mais faltas no Atlético
-
Cruzeiro ganha concorrência do Boca Júniors por atacante Marino Hinestroza, do Atlético Nacional
-
Para subir uma posição no Campeonato Brasileiro, Cruzeiro tentará encerrar jejum diante do Palmeiras
-
‘O torcedor precisa saber que a situação hoje é delicada’, afirma diretor do Atlético
O primeiro ato de Carlo Ancelotti
Com retornos e novidades, treinador italiano realiza convocação de estreia à frente da seleção brasileira
A era Carlo Ancelotti à frente da seleção brasileira finalmente começou. Apresentado como treinador da Amarelinha na segunda-feira (26), o italiano não perdeu tempo e já convocou a equipe para os jogos contra Equador e Paraguai, nos dias 5 e 10 de junho, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Carlo listou 25 nomes para os dois compromissos da seleção brasileira. Destes, apenas cinco não tinham sido chamados por Dorival Jr. (Hugo Souza, Alexsandro Ribeiro, Carlos Augusto, Andrey Santos e Antony), que ficou à frente da Canarinho de 10 de janeiro de 2024 a 28 de março de 2025. Fato bastante questionável por Daniel Seabra, comentarista de O TEMPO Sports.
“Mais do mesmo. Assim defino a primeira convocação de Ancelotti na seleção brasileira. Pouca diferença em relação a seus antecessores. A grande questão para mim é se ele conseguirá fazer o que os que o antecederam não conseguiram: fazer o time jogar tudo o que sabe. Uma equipe recheada de qualidade não pode apresentar o futebol medíocre que vinha mostrando. Ali não tem nenhum cabeça de bagre, só a nata do futebol mundial. Então, por que não mostra isso em campo?”, avalia.
Apesar das poucas novidades em relação às listas do antecessor, Ancelotti fez questão de promover o retorno de um jogador que conhece bem e não era convocado desde outubro de 2023. Titular nas duas últimas Copas do Mundo, Casemiro foi treinado pelo italiano no Real Madrid, e juntos conquistaram duas Champions League, uma Supercopa da Uefa, um Campeonato Espanhol, uma Supercopa da Espanha e uma Copa do Rei.
“Um fato que até certo ponto surpreende é a volta de Casemiro. Vindo de uma temporada muito ruim com o Manchester United, pouca gente apostaria no volante nesta relação. Mas aí entra a confiança do professor”, comenta Daniel Seabra.
Quem também está de volta é Richarlison. O Pombo, como é chamado, se destacou na Copa do Mundo de 2022, marcando três gols e dando uma assistência na campanha do Brasil. O atacante reencontra Ancelotti, com quem trabalhou entre 2019 e 2021, pelo Everton, da Inglaterra.
“Foram 586 dias sem sentir esse gostinho. Vocês não imaginam o prazer que é estar de volta! Vamos!”, disse Richarlison, após a convocação, em uma rede social.
Dimara Oliveira, comentarista de OTEMPO Sports, acredita que o fato de Ancelotti de já ter trabalhado anteriormente com o jogador foi fundamental para a convocação feita pelo técnico.
“A gente já imaginava, ele conhece de perto. Tem questão de confiança. São jogadores que ele sabe como encaixar no esquema que está imaginando. É pouco tempo para trabalhar, então ele vai encaixar essas peças de confiança”, afirma.
"Eu sinto muito orgulho de estar aqui, porque a história diz que o Brasil é a melhor seleção do mundo. Ganhou cinco Copas do Mundo, quer ganhar a sexta e me escolheu para isso. É uma tremenda responsabilidade, mas eu a encaro com prazer. Tive a sorte de estar com ele (Casemiro), eu acho que a seleção precisa desse tipo de jogador, que tem carisma, personalidade, talento. No futebol moderno, é preciso acrescentar atitude, compromisso, sacrifício, e isso o Casemiro tem”, disse Carlo Ancelotti, na apresentação.
Faltando pouco mais de um ano para a Copa do Mundo de 2026 e ainda sem uma vaga garantida, Carlo Ancelotti terá que se adaptar rapidamente para conseguir o tão sonhado hexa, segundo Dimara.
“Vai ter que mudar por completo e sem tantas estrelas, como aconteceu com Felipão, que assumiu a seleção às vésperas da Copa de 2002 e ganhou o penta. Esperamos que ele consiga dar um coletivo para a seleção. É um trabalho diferente do que o torcedor brasileiro está acostumado, teremos que ter paciência. Porque ele é um vencedor”, conclui.
Neymar fora da lista, mas não esquecido
Uma das grandes dúvidas em relação à primeira convocação de Carlo Ancelotti era a presença de Neymar. Jogador com o maior número de partidas (128) e gols (79) pela seleção brasileira, o meia-atacante retornou ao Brasil para atuar pelo Santos após 12 temporadas jogando na Europa e Arábia Saudita, pensando em estar na Copa do Mundo de 2026.
Mas, desde que reestreou pelo clube, em 5 de fevereiro, o camisa 10 teve duas contusões musculares e participou de apenas 11 jogos, com três gols e três assistências. Longe da condição física ideal, o jogador ficou fora da primeira lista de Ancelotti.
“Eu tentei selecionar jogadores que estão bem. O Neymar teve uma lesão há pouco tempo. Contamos com ele. O Brasil conta com ele. Ele voltou ao Brasil para jogar, para se preparar bem para a Copa do Mundo”, disse Carlo Ancelotti.
Reação dos estreantes na Amarelinha
Revelado no Flamengo, pelo qual foi campeão brasileiro em 2022, o goleiro Hugo Souza, atualmente no Corinthians, foi uma das principais novidades na convocação de Carlo Ancelotti. Com agens por seleções de base, essa foi a primeira vez que o arqueiro teve o seu nome citado por um comandante da equipe principal da Amarelinha.
“Estou muito feliz. Veio para coroar esse momento que estou vivendo no Corinthians. Agora é hora de aproveitar da melhor forma possível. Agradecer ao Corinthians e a todos que me ajudaram”, disse Hugo Souza, em entrevista às redes sociais do clube.
Pouco conhecido do público brasileiro, Alexsandro Ribeiro, zagueiro do Lille, da França, é outro jogador estreante na seleção. Em uma rede social, o jogador publicou um vídeo comemorando com familiares. E agradeceu a Deus.
Ausências de ex-comandados
Presenças constantes nas últimas convocações, três jogadores comandados por Ancelotti no Real Madrid acabaram ficando fora, todos por questões físicas: o zagueiro Éder Militão e os atacantes Rodrygo e Endrick. “Há jogadores não incluídos agora que vão contribuir muito durante o ano”, afirmou Ancelotti na coletiva.
No topo da lista
Com cinco jogadores convocados, o Flamengo foi o time que mais teve representantes na primeira lista de Carlo Ancelotti. Na segunda colocação do Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro está à frente até mesmo de grandes potências europeias, como o próprio Real Madrid, ex-time da Ancelotti, que teve apenas Vinicius Júnior entre os relacionados pelo italiano.