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Antes do tênis de mesa, Hugo Calderano jogou vôlei e foi campeão no atletismo; veja curiosidades
Calderano jovem integrou a seleção estadual de vôlei do Rio de Janeiro e atleta de salto em distância
Hugo Calderano terminou o mês de maio de 2025 no centro do mundo. Vice-campeão do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, disputado em Doha, e vencedor da Copa do Mundo da modalidade semanas antes, o brasileiro não só alcançou feitos inéditos para o Brasil e para as Américas como reforçou sua posição entre os principais nomes do circuito internacional. Atual número 3 do ranking da Federação Internacional (ITTF), o brasileiro é referência no circuito europeu e tratado como exceção em um universo historicamente dominado por asiáticos.
Na final do Mundial, foi superado por Wang Chuqin por 4 sets a 1. Mas antes disso, protagonizou uma campanha histórica. Eliminou rivais de peso, quebrou estatísticas, venceu batalhas mentais e técnicas. Já na Copa do Mundo, em Macau, conquistou o título ao derrotar nomes como Harimoto, Wang e Lin Shidong, o então número 1 do mundo. Foram duas campanhas consecutivas que colocaram o carioca de 28 anos entre os maiores de todos os tempos fora do eixo Ásia-Europa. Nenhum latino-americano havia chegado tão longe.
Muito além da raquete
A trajetória de Hugo Calderano no esporte começa longe da mesa. O jovem integrou a seleção estadual de vôlei do Rio de Janeiro. No mesmo período, brilhou no atletismo, sagrando-se campeão estadual pré-mirim no salto em distância. Mas foi aos oito anos, em um clube em Laranjeiras, que conheceu o tênis de mesa e nunca mais largou.
Obcecado por precisão, controle e disciplina, Hugo Calderano rapidamente se destacou. Aos 12, já defendia a seleção juvenil brasileira. Aos 14, deixou o Rio rumo a São Caetano do Sul. Pouco tempo depois, partiu para a Alemanha, onde ou a viver, treinar e competir entre os melhores da Europa.
A estrutura do velho continente acelerou seu desenvolvimento técnico e mental. Ficou mais forte, mais frio e mais preparado para enfrentar adversários experientes, derrotas duras e a pressão de carregar o rótulo de “garoto-prodígio” de um país sem tradição na modalidade.
Em 2014, foi bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, na China. Disputou sua primeira Olimpíada em 2016, e, em 2018, rompeu a barreira do top 10 mundial. Hoje, se mantém entre os três melhores do planeta com constância e excelência.
Poliglota, vegetariano e veloz no cubo mágico
Calderano é desses atletas que se destacam também fora da arena. Fala fluentemente sete idiomas: português, inglês, francês, espanhol, alemão, italiano e mandarim. É vegetariano desde 2017, toca violão e ukulele, decora capitais do mundo e monta cubo mágico em questão de segundos.
Aprendeu a resolver o cubo mágico com o pai, aos 10 anos. Desde então, coleciona mais de 70 modelos diferentes. Seu recorde pessoal no cubo 3x3 é de impressionantes 5,3 segundos, velocidade digna de um campeão mundial.
Nas redes sociais, Hugo foge dos holofotes fáceis. Prefere compartilhar rotinas de treino, hábitos sustentáveis, alimentação consciente e leitura. Um atleta completo, mas, acima de tudo, um competidor movido pela vontade de evoluir a cada dia.