O uso único de preservativos é essencial para garantir proteção eficaz contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidez indesejada durante relações sexuais. Recentemente, a apresentadora Fernanda Lima relevou que já conviveu com um parceiro sexual que costumava reutilizar camisinhas após as relações.

Especialistas em saúde sexual, no entanto, alertam que a reutilização deste item compromete sua função protetora. Quando utilizados mais de uma vez, os preservativos podem enfraquecer, aumentando significativamente o risco de rompimento.

Por que não reutilizar preservativos?

A prática de reutilizar preservativos representa um grave risco à saúde sexual. O material perde sua resistência original após o primeiro uso, elevando as chances de falha mesmo sem apresentar rompimento visível, o que expõe os usuários a riscos desnecessários.

Além disso, a lubrificação é perdida após o primeiro uso, causando desconforto e aumentando o risco de ruptura durante o ato sexual. A contaminação também é um problema: após o uso, o preservativo pode abrigar bactérias e vírus que podem ser transferidos ao parceiro. Lavar um preservativo não o torna seguro para reutilização, pois não restaura sua resistência ou lubrificação e pode ainda introduzir novos contaminantes.

Preservativos: como funcionam e quem usa

Esses dispositivos de proteção são utilizados por pessoas sexualmente ativas, em relacionamentos estáveis ou casuais, que buscam proteção contra ISTs e gravidez indesejada. Eles criam uma barreira física que impede a troca de fluidos corporais entre parceiros.

Geralmente, são feitos de látex, poliuretano ou poliisopreno – materiais que formam uma bainha fina e flexível. Há diversas opções no mercado, com variações de tamanho, textura e sabor para atender às preferências individuais.

Sustentabilidade: uma preocupação crescente

Apesar da eficácia, a maioria dos preservativos convencionais ainda é fabricada com látex sintético e aditivos que dificultam a biodegradação, tornando-os não recicláveis. Estima-se que cerca de 30 bilhões de unidades sejam vendidas anualmente no mundo, a maior parte descartada em aterros sanitários, gerando impacto ambiental significativo.

Como alternativa, empresas como a alemã Einhorn vêm desenvolvendo preservativos sustentáveis e veganos. Fundada em 2015, a marca substitui a caseína (proteína animal usada em alguns lubrificantes) por ingredientes vegetais e utiliza látex extraído ecologicamente de pequenos produtores na Tailândia, que recebem salários acima da média e evitam pesticidas.

Mas podem ser reutilizados?

Mesmo sendo sustentáveis ou veganos, esses preservativos também são descartáveis e feitos para uso único. Nenhuma versão no mercado é projetada para ser reutilizada. O material – seja ele convencional ou sustentável – não mantém as propriedades necessárias de proteção após o uso inicial. Reutilizar qualquer tipo de preservativo compromete sua integridade e coloca em risco a saúde sexual dos envolvidos.

Cuidados com o armazenamento e o uso correto

Para garantir eficácia, é importante verificar a data de validade e a integridade da embalagem. Evite guardá-los em locais quentes, como carteiras, onde o calor e o atrito podem danificá-los. Eles devem ser mantidos em locais frescos, secos e longe da luz solar direta.

O uso correto envolve:

  • Abrir a embalagem com cuidado para não rasgar o preservativo;
  • Colocar na ponta do pênis ereto com o lado enrolado para fora;
  • Apertar a ponta para deixar espaço para o sêmen;
  • Desenrolar até a base;
  • Segurar a base ao retirar após a ejaculação para evitar que escorregue;
  • Descartar no lixo após o uso.

Outros métodos de proteção e prevenção

Embora os preservativos sejam o método mais comum de prevenção contra ISTs, existem alternativas como preservativos femininos e barreiras bucais. Para evitar gravidez, métodos como pílulas anticoncepcionais, dispositivos intrauterinos (DIUs) e diafragmas são opções, embora não ofereçam proteção contra ISTs.

A saúde sexual também depende de práticas seguras e de informação adequada. Realizar testes regulares para ISTs é uma das formas mais eficazes de monitorar a própria saúde.